Há 507 anos, em Wittemberg, na Alemanha, Martinho Lutero divulgava 95 teses com críticas à Igreja Católica. A data ficou conhecida como Dia da Reforma Luterana, evento que é comemorado até hoje pelos cristãos protestantes.
Neste ano, a data tem um motivo a mais de comemoração no País, pois marca os 200 anos da presença luterana no território brasileiro.
Isso porque foi em 1824 que desembarcaram na região as primeiras famílias que deram início à construção das comunidades evangélicas luteranas no Brasil.
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O Dia da Reforma, inclusive, foi motivo da “Carta à nação brasileira”, publicada na quarta-feira (30) pela presidência e Conselho da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), que tem como presidente a pastora Sílvia Beatrice Genz.
“Reconhecemos que a prática de fé daquelas famílias constitui a primeira organização comunitária luterana em terra brasileira”, salienta a carta, fazendo referência à chegada dos colonizadores alemães. Inclusive, hoje é feriado em Linha Nova, Montenegro, e Nova Petrópolis.
A região abriga a igreja luterana mais antiga, construída em 1828, que fica em Campo Bom. No entanto, o templo da Comunidade da Trindade não está em funcionamento e hoje passa por reformas.
Além disso, a Igreja Evangélica Luterana da Picada 48 Baixa, em Lindolfo Collor, é o templo luterano mais antigo em uso do Brasil. Desde que o edifício foi erguido, em 1850, sempre foi local de encontro da comunidade e prática de fé.
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A carta lembra que a afirmação central da Reforma está baseada na carta do apóstolo Paulo aos Romanos, onde ele afirma que “O justo viverá for fé”.
Conforme o documento, a IECLB está presente em todo o País, sendo que a maioria das igrejas fica em cidades de até 50 mil habitantes, especialmente nos três estados da região. São cerca de 1,8 mil comunidades.
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Por fim, a carta destaca o “júbilo e alegria” dos 200 anos de presença luterana no Brasil. “Refletimos sobre nosso passado, nossa história, os desafios enfrentados e superados, bem como sobre as falhas e equívocos cometidos, e pedimos perdão. Mas também olhamos para o futuro com confiança, reverência e fidelidade à Palavra de Deus.”
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