A previsão de sol para o sábado, dia 7, é motivo de felicidade para as comunidades escolares de Gramado e Canela.
É no feriado do Dia da Independência que ocorrem os tradicionais desfiles cívicos. O momento é aguardado por crianças e adolescentes, assim como por diversas entidades, como uma forma de demonstrar o amor à pátria. Serão realizados três desfiles na região, que devem reunir quase 11 mil participantes.
A mobilização da comunidade é que fez com que os desfiles em Gramado acontecessem. A Prefeitura havia decretado o cancelamento dos eventos, mas voltou atrás. A decisão foi comemorada e estão confirmados os encontros no Centro, nesta semana, e também no bairro Várzea Grande, no dia 14 de setembro.
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Ao todo, estarão presentes 29 escolas municipais, duas estaduais e três privadas, além de representantes dos programas do município e de 14 entidades.
O desfile na área central será na Avenida das Hortênsias, no trecho entre as ruas Garibaldi e São Pedro. Já no bairro Várzea Grande, ao longo da Rua Leopoldo Tissot. Ambos iniciam às 9 horas. Nas duas ocasiões, em caso de chuva, os eventos serão cancelados. Havendo alterações, a Secretaria da Educação fará comunicado oficial no Instagram da administração, que é @prefeituradegramado.
A concentração desta semana iniciará, às 8 horas, nas proximidades da Rua Coberta. Por isso, as vias do entorno serão bloqueadas para tráfego de veículos, a partir das 7h30.
Canela
Em Canela, o desfile será na parte da tarde, às 14 horas, saindo da Catedral de Pedra e seguindo até a Praça João Corrêa. São esperadas em torno de 3,8 mil pessoas e 11 bandas de escolas do município. Os temas trabalhados para o evento foram cidadania e patriotismo.
Em caso de mau tempo, a programação será transferida para o domingo, dia 8. Não ocorrendo nas datas previstas, a Secretaria de Educação marcará uma nova data. Os comunicados serão pelo Instagram @prefcanelainformacoes. Também haverá mudanças no trânsito no Centro canelense.
Bandas ensaiadas
Os desfiles são muito aguardados pelos membros das bandas marciais e de percussão. Em Gramado, dez escolas contam com esses grupos. Na rede municipal, são quase 200 estudantes. Mesmo com os desfiles setorizados por região, as bandas se apresentam nas duas oportunidades.
Uma delas é a da Escola Mosés Bezzi, Várzea. Dos 550 alunos, 28 fazem parte da banda de percussão. Os ensaios são semanais ao longo do ano e as principais apresentações são em setembro.
Apesar de estarem no projeto há dois anos, as alunas Nycolli Bittencourt, Bianca Ludwig, Vitória Fioreze e Vitória Junge, que possuem entre 13 e 15 anos, se apresentarão pela primeira vez nos eventos cívicos, pois os desfiles do ano passado foram cancelados, devido ao mau tempo. Elas contam que estão ansiosas por esses momentos. Quando iniciaram, não tinham nenhuma base dos instrumentos, mas hoje já conseguem auxiliar os novatos.
Os projetos das nove bandas municipais são geridos pelos regentes Heitor Knorst e Rodrigo Drechsler. O grupo na Mosés Bezzi existe há 20 anos e quem iniciou o trabalho foi o pai de Heitor, Hugo Knorst. Desde 2017, ele assumiu as funções e comanda os ensaios e aulas.
Heitor declara que todas as bandas das escolas trabalham ritmos diferentes. Assim, cada uma terá uma apresentação distinta de músicas e coreografias. Tarol, caixa, prato, surdo e bumbo são os instrumentos da banda da Móses. Todos afinados e em harmonia para o show. Ainda, farão a estreia de novos uniformes e instrumentos, que foram adquiridos através de emendas impositivas da Câmara de Vereadores.
“É uma alegria para todos, porque a principal apresentação é o desfile. Eles ficam felizes porque se apresentam para a comunidade e para os próprios familiares. É superimportante a realização do evento”, declara Heitor.
Cidadania e integração
A vice-diretora da tarde da Móses Bezzi, Julia Hanel, reforça que a escola não terá um tema específico para o desfile deste ano, mas que pretendem trabalhar as questões ligadas com a cidadania. “A importância de reconhecer-se como cidadão, a nação como uma identidade cultural muito importante para todos”, aponta.
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Na escola, projetos sobre a temática acontecerão ao longo deste mês. “Independente de ter ou não o desfile, abordamos as leis, valores e a cultura que começou a ser desenvolvida depois que nos tornamos uma nação”, complementa.
A supervisora pedagógica, Lisiane Peteffi, enaltece que os próprios alunos ficam responsáveis por apresentações culturais. Durante todo o ano, há momentos de integração. Em sala de aula, realizam debates e produções literárias. Já os alunos das séries iniciais aprendem sobre vocabulário, através das palavras do hino.
A vice-diretora da manhã, Joice Holdorf, adianta que os pais também serão convidados para que desfilem junto com filhos, no dia 14. A ideia é que haja um envolvimento comunitário e que todos possam compartilhar o ato cívico de forma conjunta.