Neste ano, mais do que lembrar o momento em que o País deixou se ser colônia de Portugal, o desfile de 7 de Setembro marcou um grande reencontro. Pois foi o primeiro grande evento público, com presença intensa de famílias, depois da enchente que assolou o Rio Grande do Sul.
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Por isso, nem o tempo nublado, trovões e a fraca chuva do começo da manhã desanimou a população. Além de lembrar o trabalho de reconstrução, que ainda segue em muitos lugares, os desfiles ainda fizeram menção aos 200 anos da imigração alemã.
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Em Campo Bom, a ato cívico começou pouco depois das 8 horas e manteve a tradição de se estender até o começo da tarde. Foram 75 grupos que passaram pela Avenida Brasil, entre escolas, entidades tradicionalistas, de serviços e forças policiais.
A Escola Municipal Octacílio Ermindo Fauth e Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Dedinho de Ouro, atingidas pela cheia de maio, falaram sobre sua reconstrução e o apoio da comunidade escolar para retomar as atividades. O destaque deles foi para a apresentação da banda marcial da Octacílio, com 22 integrantes, que animou o cortejo.
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Aluno da Emei Aquarela, o pequeno Benjamim Woida, de 1 ano e 3 meses, fez sua estreia na avenida ao lado do pai, o empresário Levi Woida, 35, natural de Porto Alegre, onde as escolas não costumam desfilar.
Eles foram acompanhados da mamãe Sara Woida, 27, que gosta muito de participar do ato cívico, e do bebê José Woida que ainda está “no forninho”, com nascimento previsto para este mês. “Eu tenho orgulho de ser brasileira e quero ensinar isso para eles. É uma tradição aqui do povo gaúcho todo mundo se encontrar no 7 de setembro”, comenta.
Como o tempo não estava firme, os irmãos Luísa e Bernardo Strassburger, de 6 e 5 anos, foram de capa de chuva e guarda-chuva para o desfile. Acompanhados do pai Lauro Strassburger, 30, a família levou a bandeira da Emei Arco-Íris. Para o vendedor, que já presidiu a Associação de Pais e Mestres (Apemen), é importante a participação dos pais na escola e na vida dos filhos.
Em Sapiranga, com boné da bandeira do Brasil, a dona de casa Rosa de Oliveira, 73, fez questão de acompanhar o desfile do início ao fim realizado na Avenida João Corrêa. Mãe de três filhos e com uma neta de 20 anos, conta que sempre levou os herdeiros para participar do evento. “Eu gosto muito. Por isso continuo vindo”, disse.
Quem também veio foi a bebê de um mês Ágatha Sedler Ávila Pedroso. No colo do pai Jéferson Ávila Pedroso, 25, a menina acompanhou o primeiro desfile da irmã Safira, de 2 anos, que depois de caminhar muito pediu um colo também para a mãe, a dona de casa Daiane Sedler Pedroso, 23. Safira é aluna da Emei Dona Lindu. “Como é a primeira experiência da minha filha, a gente quis participar”, declarou Jéferson.
Na Cidade das Rosas, 41 grupos participaram do desfile durante a manhã e a Emei Chapeuzinho Vermelhou homenageou o bicentenário da imigração, com alunos vestidos com trajes típicos e uma bandinha típica organizada pelos próprios alunos.
Ainda na temática dos 200 anos dos alemães no Estado, em Parobé o desfile também lembrou da data. Os alunos da Emei Mundo Colorido “roubaram” a cena quando surgiram na Rua João Mosmann durante a manhã. Os pequenos foram acomodados em um barquinho, vestidos com trajes típicos, fazendo menção ao modo como os primeiros imigrantes chegaram na região. O cortejo reuniu 49 entidades, sendo animado por seis bandas marciais.
Já em ritmo de Kerb de São Miguel, que será comemorado no final do mês, o desfile de Dois Irmãos teve como tema Tradição e Transformação: o legado dos 200 anos de Imigração Alemã em Dois Irmãos reuniu 59 grupos na Avenida 25 de Julho. O evento teve a participação da corte do município e de bandinhas típicas, além das escolas e de entidades da sociedade civil.
São Sebastião do Caí cancelou o desfile hoje de manhã por conta do mau tempo no município. Chovia na hora marcada para iniciar o evento.
Em Igrejinha, a caminhada cívica ocorre na tarde deste sábado na Avenida Presidente Castelo Branco, com a participação de 11 bandas marciais e mais de 30 entidades.
O evento lembra o tema nacional do Dia da Pátria, que neste ano recorda o Centenário da União dos Escoteiros; o tema regional, com menção aos 40 Anos da Associação Brasileira dos Integrantes do Batalhão SUEZ- Soldados da Paz, e a homenagem municipal, com os 200 Anos da Imigração Alemã.
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