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DECRETO FEDERAL

DESCONTO ESTIAGEM: Agricultores gaúchos terão redução de 25% no pagamento do crédito rural

Medida vai alcançar 36 mil contratos de famílias de agricultoras e agricultores gaúchos que tiveram prejuízo na produção por causa da seca

Eduardo Amaral
Publicado em: 17/05/2023 às 10h:49 Última atualização: 26/03/2024 às 20h:49
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Agricultores familiares do Rio Grande do Sul terão um desconto de 25% nas parcelas vencidas, ou para vencer, do crédito rural entre janeiro e dezembro deste ano. A decisão foi confirmada na terça-feira (16) com a assinatura de um decreto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que será publicado nesta quarta-feira (17).

Decreto assinado por Lula começa a valer a partir desta quarta-feira (17)



Decreto assinado por Lula começa a valer a partir desta quarta-feira (17)

Foto: Ricardo Stuckert/PR

A medida vale para empreendimentos que tenham sido prejudicados por seca ou estiagem em municípios do Rio Grande do Sul, considerada a pior dos últimos 75 anos. São considerados empréstimos de custeio, contratados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Para atender mais de 24 mil agricultores gaúchos e amenizar os prejuízos, o Governo Federal abriu crédito suplementar de R$ 230 milhões. Esse recurso deve atender cerca de 36 mil contratos do Pronaf. O desconto sobre o valor das parcelas é de até R$ 12 mil por operação.

Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, o decreto atende demanda da agricultura familiar gaúcha que, pela terceira safra consecutiva, tem prejuízo em decorrência da estiagem que atinge o estado.

De acordo com o Informativo Conjuntura elaborado pela Emater/RS, o efeito negativo da estiagem tem impactado também o manejo reprodutivo dos rebanhos, refletindo em baixas taxas de cio e prenhez.

O fornecimento de fenos, silagens e rações torna-se alternativa importante para manter os animais, porém os custos acabam se tornando elevados demais para muitos pecuaristas. Em Caçapava do Sul, são estimadas perdas de até 30% na produção de leite, enquanto em São Borja estima-se 50% de queda e, em Uruguaiana, pode chegar a 80%.

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