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NOVO HAMBURGO

DESCOBERTA EMOCIONANTE: Colegas em lar de idosos se reencontram após seis décadas e passado vem à tona

Mulher de 92 anos e homem de 71 conviviam sem saber que viveram um momento importante juntos

Susete Mello
Publicado em: 31/10/2024 às 15h:06
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A vida é feita de encontros e reencontros. Por isso, a história de Orfilina Gonçalves Machado, de 92 anos, e José Ademar Marques, 71, tem emocionado quem vive e acompanha a rotina do Lar São Vicente de Paula, do bairro Primavera, em Novo Hamburgo.

  Orfilina Gonçalves Machado, 92 anos, foi babá de  José Ademar Marques, 71, na infância | abc+



Orfilina Gonçalves Machado, 92 anos, foi babá de José Ademar Marques, 71, na infância

Foto: Susi Mello/GES-Especial

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Das infinitas possibilidades de reencontros, há poucos dias, os dois descobriram que além da convivência no lar, onde estão há 8 e 2 anos, respectivamente, a vida já os havia conectado em outro momento. ‘Orfi’, como é carinhosamente chamada por todos, foi a babá de Ademar. Quando ele tinha oito anos de idade, ela foi trabalhar na casa dele no bairro Hamburgo Velho.

Cada um seguiu seu destino, mas na semana passada, a coordenadora do São Vicente, Kamile Sauthier, ouviu o que eles conversavam e nesta semana gravou um vídeo nas redes sociais do lar.

“A história não tem como não ser real. Os personagens têm nomes muito particulares. Ele sempre falou que foi uma criança adotada com oito anos e tinha uma irmã também adotada pela mesma família, a da dona Salma, uma funcionária pública na Prefeitura, bem conhecida pelo que ele relata”, conta Kamile.

A coordenadora do São Vicente de Paula, Kamile Sauthier  postou nas redes sociais a história de Orfilina e Ademar | abc+



A coordenadora do São Vicente de Paula, Kamile Sauthier postou nas redes sociais a história de Orfilina e Ademar

Foto: Susi Mello/GES-Especial

Por outro lado, continua, Orfilina conta que foi empregada doméstica. “Ela trabalhava na casa dessa senhora (Salma), no bairro Hamburgo Velho, que não podia ter filhos e, por isso, adotou duas crianças. Ela também sabia que Ademar trabalhou no cemitério”, acrescenta.

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Com tantas evidências, as lembranças do passado são muito presentes aos dois e as lágrimas brotam com facilidade no momento de falar sobre o passado. Orfilina conta que foi em uma conversa que percebeu que era babá dele. “É o ‘José’? e ele disse aham”, explica, lembrando a pergunta feita em uma conversa com o idoso. “É uma alegria, meu Deus do céu. Não paramos de conversar mais.”

Para ele, a emoção brota ao falar desse reencontro. “Ela foi minha segunda mãe”, declara Ademar sem esconder as lágrimas. Ele recorda que ‘Orfi’ buscava-o no colégio, o levava para casa, lavava roupas, cozinhava, enquanto sua mãe trabalhava na Prefeitura.

Seu Ademar e sua irmã Neusa foram filhos adotivos de Salma El Hawat e Walter Marques, já falecidos. Em homenagem a sua mãe, de origem libanesa, seus filhos receberam os nomes de Nasser e Sumaia. Ele conta que trabalhou na Prefeitura e no Cemitério Municipal. Sua babá na infância também formou família. Ela teve três filhas, a Celina, Eloi e Iolanda (já falecida). Além de trabalhar na casa da família de Ademar, esteve empregada por anos em indústrias de calçados.

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Kamile arremata que todo dia há uma história nova no lar. “A gente acha que as histórias vêm de fora, mas nunca pensamos que as histórias iam se cruzar aqui dentro. Já tivemos duas idosas que estudaram juntas, mas não nessa grandiosidade dessa história que é ter a babá e o menino que foi cuidado, né?”, conclui.

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