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MATHIAS VELHO

Desaparecimento de diarista em Canoas completa um mês sem respostas

Filhos de Graziela Rossoni Machado, de 39 anos, não perdem esperança de reencontro. Polícia define caso como complexo e não descarta nenhuma possibilidade

Taís Forgearini
Publicado em: 06/01/2023 às 09h:25 Última atualização: 11/01/2024 às 11h:08
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Nesta sexta-feira (6), o desaparecimento de Graziela Rossoni Machado, de 39 anos, completa um mês. A diarista desapareceu após sair para trabalhar no dia 6 de dezembro, em Canoas.

Guilherme busca por pistas sobre o desaparecimento da mãe



Guilherme busca por pistas sobre o desaparecimento da mãe

Foto: PAULO PIRES/GES

Moradora do bairro Mathias Velho, a mulher é descrita por Guilherme Rossini, um de seus quatro filhos, como uma pessoa dedicada e carinhosa, mas que teve seu comportamento alterado depois do último relacionamento.

“O ex-companheiro dela foi morar com nós em maio do ano passado. A partir disso, ela foi gradativamente ficando mais reclusa, com hábitos estranhos. Não sabíamos o que estava acontecendo”, relata Rossoni. “Depois do desaparecimento, tivemos conhecimento de que ela havia se queixado de situações de agressividade no relacionamento. Uma semana antes dela sumir, eles haviam terminado”, aponta Guilherme.

Conforme o delegado da Delegacia de Polícia Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Canoas, Robertho Peternelli, não há registro de boletim de ocorrência por lesão corporal. “Até o momento, não havíamos localizado o ex-companheiro para prestar depoimento, um parente dele também será chamado para esclarecimentos. Assim que conseguirmos notificá-los, eles serão ouvidos”, informa o Peternelli.

Caso complexo

A Polícia define o caso como complexo e não descarta nenhuma possibilidade. Na última semana, a DPHPP encaminhou uma solicitação ao Poder Judiciário para a quebra de sigilo bancário de Graziela.

Após autorização da justiça e do Banco Central, a agência em que Graziela possui conta informou na quinta-feira (5) que não houve movimentação de valores. “Era nossa maior esperança para tentar localizá-la e entender o que aconteceu”, desabafa o filho mais velho de Graziela.

Angústia sem fim

Desde o desaparecimento da mãe, Rossoni está responsável pelos três irmãos menores de idade. “Nossa mãe sempre prezou pela nossa união, isso nos mantêm fortes, embora os dias tenham sido de angústia”, confidencia.

Abalado após a negativa de movimentação na conta bancária da mãe, o filho de Graziela diz que as chances de ter acontecido algo ruim aumentaram. “Agora, a linha de investigação mais forte passa a ser homicídio. Queremos acreditar que ela está viva, mas as últimas notícias nos preocuparam mais ainda”, explica o primogênito.

Rossini aguarda pelos próximos passos da Polícia e faz um apelo para quem souber do paradeiro a mãe. “Viva ou morta, temos o direito de saber o aconteceu com ela. Não iremos desistir”, desabafa, emocionado, o jovem.

Para denúncias anônimas, a população pode entrar em contato com a Polícia Civil pelo telefone 0800-6420-121.

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