ECONOMIA

Desafios da retomada econômica no RS é tema de painel em Estância Velha

Evento promovido pela CDL na noite desta terça-feira (25) abordou estratégias para ajudar empreendimentos afetados pelas enchentes

Publicado em: 25/06/2024 23:24
Última atualização: 26/06/2024 15:39

A sede da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Estância Velha, Ivoti, Lindolfo Collor, Presidente Lucena e São José do Hortêncio, em Estância Velha, foi cenário para um painel, na noite desta terça-feira (25), que tratou sobre a nova realidade social e econômica do Rio Grande do Sul após as enchentes de maio.

SIGA O ABCMAIS NO GOOGLE NOTÍCIAS!


Painel foi mediado pelo professor da Universidade Feevale, José Antônio Ribeiro de Moura Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

O evento “Os desafios dos negócios locais para a retomada do crescimento do RS” buscou discutir alternativas para o enfrentamento da crise, com as presenças de Clarice Strassburger, da Federação Varejista do Rio Grande do Sul (FVRS), Marco Copetti, do Sebrae, Henrique Dienstmann e Rosane Kuhn, da CDL EV/IV, e mediação do professor da Universidade Feevale, José Antônio Ribeiro de Moura.

“O Sebrae é uma entidade totalmente emanada neste momento, auxiliando as micro e pequenas empresas. Então temos vários programas de apoio, investindo maciçamente nessas empresas para ajudar a tirá-las desta situação difícil. Tudo direcionados para alavancar a recuperação dos negócios, analisando os impactos sociais. E pensando em gerar estratégias de recuperação dos municípios afetados”, explanou Copetti.

Strassburger explicou as iniciativas da federação para enfrentar a crise: "Estamos realizando a campanha Reergue RS, com o apoio das 80 CDLs gaúchas, para arrecadar alimentos, produtos de limpeza e higiene, essenciais para as pessoas afetadas. A CNDL e as federações dos outros estados também se uniram a nós”. Num segundo momento, o foco é na reconstrução das CDLs afetadas e dos pequenos comércios, doando kits de móveis e apoiando na reestruturação. “Já adquirimos mais de mil kits e contamos com voluntários para limpeza e reconstrução, uma solidariedade sem limites", acrescentou.

Clarice Strassburger, da Federação Varejista do Rio Grande do Sul (FVRS)Dário Gonçalves/GES-Especial
Clarice Strassburger, da Federação Varejista do Rio Grande do Sul (FVRS)Dário Gonçalves/GES-Especial
Auditório teve grande presença de públicoDário Gonçalves/GES-Especial
Painel foi mediado pelo professor da Universidade Feevale, José Antônio Ribeiro de MouraDário Gonçalves/GES-Especial
Presidente da CDL EV/IV, Márcia Rodrigues RamosDário Gonçalves/GES-Especial

Ela também destacou a colaboração nacional, inclusive uma parceria conjunta com a Stock Car. "Recebemos muitas doações de outros estados e a Stock Car está engajada, arrecadando produtos e fundos em todas as corridas até o final do ano, beneficiando os afetados no Rio Grande do Sul. Além disso, criamos o CDL Academy, oferecendo cursos de capacitação em diversas áreas comerciais, essenciais para renovar e fortalecer empresas durante esse período de reestruturação”, pontuou.

“Pior que a pandemia”

Durante a conversa, um dos pontos levantados é de que o cenário atual é pior economicamente do que no período da pandemia, mas que justamente ela serviu de aprendizado. O professor Moura destacou que houve uma queda de 67% no comércio de todo o Estado e 80% das atividades econômicas foram atingidas, gerando quase R$ 10 bilhões em perdas. “Na pandemia, as pessoas de certa forma conseguiam trabalhar, ter alguma renda. Mas desta vez, as indústrias foram atingidas, os equipamentos foram perdidos. A infraestrutura foi abalada, então agora depende de muita verba”.

Rosane Kuhn, da diretoria da CDLDário Gonçalves/GES-Especial
Henrique Dienstmann, da diretoria da CDLDário Gonçalves/GES-Especial
Henrique Dienstmann, da diretoria da CDLDário Gonçalves/GES-Especial
Marco Copetti, do SebraeDário Gonçalves/GES-Especial
Marco Copetti, do SebraeDário Gonçalves/GES-Especial

Como representantes da CDL local, Dienstmann e Kuhn falaram sobre o receio de uma recuperação longa. “Tenho medo que essa cadeia seja muito longa em termos de tempo e desgaste. Precisamos de leis e projetos que ajudem as empresas. Na pandemia as pessoas perderam a previsibilidade de vender, mas os ativos estavam todos intactos, mercadorias, prédios, equipamentos. E como motivar esses empreendedores? só com dinheiro”, alertou Dienstmann.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Matérias Relacionadas