AEDES AEGYPTI
DENGUE: Teste rápido acelera diagnóstico e início do tratamento; saiba como fazer
Estado soma 37 vítimas da doença, 11 delas na região. Municípios já adquirem os testes
Última atualização: 22/03/2024 17:36
Mesmo com os alertas das autoridades de saúde sobre a gravidade da dengue e o apelo do poder público para que a população faça a sua parte e não deixe água parada, os casos da doença continuam crescendo na região. Até a quinta-feira (21), o painel da Secretaria Estadual da Saúde (SES) contabilizava 27.841 casos no Rio Grande do Sul, com 37 óbitos. Destes, 8.863 casos eram de 40 municípios da região.
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Por conta da explosão de pacientes com dengue no Brasil, número que passa dos 2 milhões de casos prováveis, na semana passada o Ministério da Saúde (MS) passou a recomendar o uso de testes rápidos para diagnóstico, com a publicação de uma nota técnica com orientações.
A medida já foi adotada por cidades da região como Campo Bom, Dois Irmãos, Estância Velha, Ivoti, São Leopoldo, Sapiranga, Novo Hamburgo e Taquara. Canoas informa que tem processo de compra em andamento.
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A recomendação do MS é que o teste rápido seja realizado entre o primeiro e o quinto dia de sintomas, período em que a maioria dos pacientes busca um serviço de saúde. A medida é importante para monitorar o paciente e também orientá-lo sobre os cuidados sobre a transmissão, já que o mosquito precisa de alguém contaminado para levar o vírus adiante.
O assunto, inclusive, foi tema de reunião da Associação dos Municípios do Vale Germânico (Amvag) com a titular da SES, Arita Bergmann. Flávio Foss, prefeito de Araricá e presidente da entidade, solicitou ao Estado 35 mil testes rápidos para dengue, resultado de um levantamento realizado pela associação junto às secretarias municipais. Na segunda-feira, a Amvag se reúne com técnicos da SES para tratar sobre o plano de manejo que a SES adotou no combate à epidemia.
Saltos em confirmados
Da área de cobertura do Grupo Sinos, que envolve 43 cidades, apenas Brochier, Picada Café e Presidente Lucena ainda não tinham confirmações para a doença até quinta, embora tenham registrado notificações.
Com mais duas mortes confirmadas na quinta, em Novo Hamburgo, a região soma 11 vidas perdidas para a dengue. Há vítimas de Araricá (1), Canoas (1), Esteio (1), São Leopoldo (5) e Novo Hamburgo (3). Em 13 de março eram 5.793 casos confirmados na região, o que representa um crescimento de 52% no período de oito dias. Novo Hamburgo, tinha 3.946 positivados, a cidade do Rio Grande do Sul com mais exames confirmados para dengue há semanas. São Leopoldo, 2.627 casos, e Canoas, 490.
A Secretaria de Saúde hamburguense utiliza testes rápidos desde o início de 2023. Conforme o município, por conta do aumento de casos, um número maior de testes foi adquirido, somando entre 2023 e 2024 15 mil unidades. O teste é realizado depois da triagem e prioriza, por exemplo, grupos de idosos e moradores das áreas com mais incidência de casos.
Unidades de saúde, nos bairros Santo Afonso e Canudos também abrem nos finais de semana para atender exclusivamente casos suspeitos de dengue.
Na região
Taquara comprou em fevereiro 1 mil testes, que foram somados a algumas unidades existentes na Secretaria Municipal de Saúde.
Em São Leopoldo, a prefeitura recebeu 5 mil testes rápidos na terça-feira e tem expectativa da chegada de mais 5 mil unidades nas próximas semanas para serem distribuídos aos postos de saúde.
Entre as estratégias leopoldenses também está a disponibilização de hemogramas para diagnosticar se o paciente tem dengue, porém o este exame leva em torno de três horas para se ter o resultado, já o teste rápido é em torno de 30 minutos. As UBSs Paim, Vicentina, Padre Orestes, Cohab Feitoria e Brás tem atendimento até as 20 horas, e a UBS Scharlau, até as 22 horas. Outros três locais têm atendimento 24 horas: Hospital Centenário, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Scharlau e Centro de Saúde da Feitoria.
A Secretaria de Saúde de Dois Irmãos e o Hospital São José adotaram protocolo de identificação e testagem da dengue. A casa de saúde realiza testagem após o horário de funcionamento da Vigilância Epidemiológica. A cidade adquiriu mil testes rápidos.
Estância Velha comprou 800 testes, Ivoti, 500, e Campo Bom, 4.250, disponíveis em todas as unidades de saúde. Sapiranga fez aquisição de 5 mil unidades, 1.350 já entregues. O exame é feito na UPA 24 Horas e unidades de saúde dos bairros.
Alta presença do mosquito transmissor é preocupante
O coordenador do projeto de Prevenção e Combate à Dengue da Universidade Feevale, Tiago Filipe Steffens, pontua que há uma baixa significativa de notificações de casos confirmados de dengue em relação à semana anterior. Na décima semana epidemiológica (3 a 9 de março) eram 805 casos confirmados por dia no Estado, enquanto que na 11ª semana epidemiológica (10 a 16 de março) foram 303 novos no período. "No entanto, ainda são muitos casos confirmados, o que fortalece a circulação viral", salienta.
Ele comenta que os agentes que estão nas ruas têm observado quantidades expressivas de coletas do mosquito Aedes aegypti durante as atividades de campo. "Isso é bastante preocupante. Mesmo com a ampla divulgação dos dados sobre a doença e sobre os cuidados necessários não conseguimos perceber o engajamento pleno da comunidade", lamenta. "Sabemos a dificuldade em identificar alguns locais em que o mosquito consegue se desenvolver, no entanto, pequenos depósitos móveis, como baldes, pratinhos de plantas, lonas e pneus não poderiam mais estar disponíveis", alerta.
Mesmo com os alertas das autoridades de saúde sobre a gravidade da dengue e o apelo do poder público para que a população faça a sua parte e não deixe água parada, os casos da doença continuam crescendo na região. Até a quinta-feira (21), o painel da Secretaria Estadual da Saúde (SES) contabilizava 27.841 casos no Rio Grande do Sul, com 37 óbitos. Destes, 8.863 casos eram de 40 municípios da região.
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Por conta da explosão de pacientes com dengue no Brasil, número que passa dos 2 milhões de casos prováveis, na semana passada o Ministério da Saúde (MS) passou a recomendar o uso de testes rápidos para diagnóstico, com a publicação de uma nota técnica com orientações.
A medida já foi adotada por cidades da região como Campo Bom, Dois Irmãos, Estância Velha, Ivoti, São Leopoldo, Sapiranga, Novo Hamburgo e Taquara. Canoas informa que tem processo de compra em andamento.
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A recomendação do MS é que o teste rápido seja realizado entre o primeiro e o quinto dia de sintomas, período em que a maioria dos pacientes busca um serviço de saúde. A medida é importante para monitorar o paciente e também orientá-lo sobre os cuidados sobre a transmissão, já que o mosquito precisa de alguém contaminado para levar o vírus adiante.
O assunto, inclusive, foi tema de reunião da Associação dos Municípios do Vale Germânico (Amvag) com a titular da SES, Arita Bergmann. Flávio Foss, prefeito de Araricá e presidente da entidade, solicitou ao Estado 35 mil testes rápidos para dengue, resultado de um levantamento realizado pela associação junto às secretarias municipais. Na segunda-feira, a Amvag se reúne com técnicos da SES para tratar sobre o plano de manejo que a SES adotou no combate à epidemia.
Saltos em confirmados
Da área de cobertura do Grupo Sinos, que envolve 43 cidades, apenas Brochier, Picada Café e Presidente Lucena ainda não tinham confirmações para a doença até quinta, embora tenham registrado notificações.
Com mais duas mortes confirmadas na quinta, em Novo Hamburgo, a região soma 11 vidas perdidas para a dengue. Há vítimas de Araricá (1), Canoas (1), Esteio (1), São Leopoldo (5) e Novo Hamburgo (3). Em 13 de março eram 5.793 casos confirmados na região, o que representa um crescimento de 52% no período de oito dias. Novo Hamburgo, tinha 3.946 positivados, a cidade do Rio Grande do Sul com mais exames confirmados para dengue há semanas. São Leopoldo, 2.627 casos, e Canoas, 490.
A Secretaria de Saúde hamburguense utiliza testes rápidos desde o início de 2023. Conforme o município, por conta do aumento de casos, um número maior de testes foi adquirido, somando entre 2023 e 2024 15 mil unidades. O teste é realizado depois da triagem e prioriza, por exemplo, grupos de idosos e moradores das áreas com mais incidência de casos.
Unidades de saúde, nos bairros Santo Afonso e Canudos também abrem nos finais de semana para atender exclusivamente casos suspeitos de dengue.
Na região
Taquara comprou em fevereiro 1 mil testes, que foram somados a algumas unidades existentes na Secretaria Municipal de Saúde.
Em São Leopoldo, a prefeitura recebeu 5 mil testes rápidos na terça-feira e tem expectativa da chegada de mais 5 mil unidades nas próximas semanas para serem distribuídos aos postos de saúde.
Entre as estratégias leopoldenses também está a disponibilização de hemogramas para diagnosticar se o paciente tem dengue, porém o este exame leva em torno de três horas para se ter o resultado, já o teste rápido é em torno de 30 minutos. As UBSs Paim, Vicentina, Padre Orestes, Cohab Feitoria e Brás tem atendimento até as 20 horas, e a UBS Scharlau, até as 22 horas. Outros três locais têm atendimento 24 horas: Hospital Centenário, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Scharlau e Centro de Saúde da Feitoria.
A Secretaria de Saúde de Dois Irmãos e o Hospital São José adotaram protocolo de identificação e testagem da dengue. A casa de saúde realiza testagem após o horário de funcionamento da Vigilância Epidemiológica. A cidade adquiriu mil testes rápidos.
Estância Velha comprou 800 testes, Ivoti, 500, e Campo Bom, 4.250, disponíveis em todas as unidades de saúde. Sapiranga fez aquisição de 5 mil unidades, 1.350 já entregues. O exame é feito na UPA 24 Horas e unidades de saúde dos bairros.
Alta presença do mosquito transmissor é preocupante
O coordenador do projeto de Prevenção e Combate à Dengue da Universidade Feevale, Tiago Filipe Steffens, pontua que há uma baixa significativa de notificações de casos confirmados de dengue em relação à semana anterior. Na décima semana epidemiológica (3 a 9 de março) eram 805 casos confirmados por dia no Estado, enquanto que na 11ª semana epidemiológica (10 a 16 de março) foram 303 novos no período. "No entanto, ainda são muitos casos confirmados, o que fortalece a circulação viral", salienta.
Ele comenta que os agentes que estão nas ruas têm observado quantidades expressivas de coletas do mosquito Aedes aegypti durante as atividades de campo. "Isso é bastante preocupante. Mesmo com a ampla divulgação dos dados sobre a doença e sobre os cuidados necessários não conseguimos perceber o engajamento pleno da comunidade", lamenta. "Sabemos a dificuldade em identificar alguns locais em que o mosquito consegue se desenvolver, no entanto, pequenos depósitos móveis, como baldes, pratinhos de plantas, lonas e pneus não poderiam mais estar disponíveis", alerta.