SAÚDE

DENGUE: Doença não é o principal fator para a superlotação em unidades de saúde no RS, diz secretária adjunta

Ana Costa diz que Secretaria Estadual de Saúde está se preparando para evitar uma situação ainda mais extrema com o período de inverno

Publicado em: 06/04/2024 15:51
Última atualização: 06/04/2024 15:52

Na avaliação da Secretaria Estadual de Saúde (SES), a superlotação em unidades de saúde não está, neste momento, diretamente vinculada com o aumento dos casos de dengue. “Temos muitos pacientes crônicos, pacientes mais graves, neurológicos, traumatologia, não é exclusivo em virtude da dengue (superlotação)”, afirma a secretária adjunta de Saúde, Ana Costa. 

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Dengue Foto: Sandro Barros / PMO

Entre os fatores apontados pela SES como responsáveis pela pressão nas internações da região metropolitana está uma demanda reprimida. “Saímos de uma pandemia e essa característica de aumento de internações parece que tem acompanhado esses últimos meses. A questão da região metropolitana é sistêmica e envolve internações por doenças diversas, inclusive, infecciosa”, afirma Ana que ainda aponta para a queda nas ações preventivas. 


Fonte: Secretaria de Saúde do RS Foto: Arte: GES

Prevenção

“Não podemos esquecer que tivemos no ano passado uma baixa vacinação para a influenza, para a Covid-19, então nós continuamos internando por esses motivos e mais as doenças crônicas oriundas aí dos períodos pós-pandemia.”

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Ana cita como exemplo o aumento de casos oncológicos, alguns que poderiam ser evitados com vacinação, como no caso do HPV, que na fase adulta pode resultar em câncer de colo de útero em mulheres. Soma-se a isso a crise vivida pelo Instituto de Cardiologia, que entrou em recuperação judicial e era responsável pela gestão de quatro hospitais em cidades da Grande Porto Alegre. 

Mesmo que, para a SES, a dengue não seja o principal fator para a superlotação no momento, a secretária adjunta diz não negar a gravidade do quadro atual da doença. “A dengue é um fator gravíssimo, nós não podemos minimizar o perigo, ela está fazendo um estrago”, afirma ela, reconhecendo que se os casos aumentarem, a pressão sobre as internações pode crescer também.

A secretária adjunta afirma ainda que a SES está se preparando para evitar uma situação ainda mais extrema com o período de inverno, quando aumentam os casos de crises respiratórias. “No ano passado tivemos a tele UTI pediátrica, entre outras que já estão acontecendo para que a gente possa enfrentar o inverno com a maior tranquilidade possível.”

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