Com 54 óbitos e 33.585 casos confirmados no Estado até esta terça (26), a dengue é uma ameaça que continua a rondar a população. Apesar de a situação deste ano ser melhor do que em 2022, quando todos os recordes relacionados à doença foram quebrados, não dá para baixar a guarda quando o assunto é água parada.
QUER FICAR POR DENTRO DO QUE ACONTECE NA REGIÃO? SIGA O ABCMAIS NO GOOGLE NOTÍCIAS!
Ações de prevenção à dengue em Novo Hamburgo
Divulgação
Ações de prevenção à dengue em Novo Hamburgo
Divulgação
Aplicação de inseticida faz parte das ações de prevenção
Vinícius R.R Soares/PMNH
Com as chuvas frequentes, água se acumula com facilidade
Débora Ertel/GES-Especial
Nas últimas quatro semanas, segundo balanço do Centro Estadual de Vigilância Sanitária (CEVS), que contabiliza dados até 23 de dezembro, a região teve 22 notificações de suspeita de dengue, com 18 casos confirmados e dois em investigação. Os exames positivos para a doença são de São Leopoldo (4), Novo Hamburgo (7), Gramado (1), Nova Hartz (1), Nova Petrópolis (1), Canoas (3) e Igrejinha (1).
- DENGUE: Cidade da região tem aumento de 362% de infestação do mosquito; saiba qual
“Por mais que pareça pouco, já são muitos casos. Em anos anteriores os primeiros casos de dengue tiveram seus registros no final de janeiro e início de fevereiro”, pontua o coordenador do projeto de Prevenção e Combate à Dengue da Universidade Feevale, realizado em parceria com a Prefeitura de Novo Hamburgo, Tiago Filipe Steffen.
FAÇA PARTE DA NOSSA COMUNIDADE NO WHATSAPP
Segundo Steffen, o cenário atual não é animador quando o assunto são as arboviroses (doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos). “Primeiro por conta do clima que está muito propenso para a proliferação de mosquitos, com chuva e calor intenso. Em segundo, por termos circulação do vírus da dengue em nosso Município já em dezembro”, chama atenção.
Em 2022, Novo Hamburgo teve mais de 7 mil casos e nove óbitos por dengue. Neste ano, foram cerca de 2.200 casos, sem nenhuma vida perdida para a doença.
O coordenador destaca ainda que ações para a contenção da circulação viral estão sendo articuladas em conjunto entre o projeto e a Secretaria Municipal de Saúde do município. Como por exemplo a aplicação de inseticida em pontos estratégicos, além da realização de bloqueio químico nos locais com casos confirmados. “Somente o mosquito Aedes aegypti consegue transmitir o vírus da dengue”, lembra Steffen.
Por isso, a principal forma de prevenir a doença é não deixar água acumulada e parada. Outra situação que ele alerta é que pessoas com sintomas de dengue precisam procurar atendimento médico. “Pois é apenas dessa forma que os responsáveis pelas ações de contenção do vírus serão notificados”, explica.
Saiba mais
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (maior que 38 graus), que começa de repente, com duração de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele.
Veja os casos confirmados de dengue por ano em Novo Hamburgo
LEIA TAMBÉM
