ALERTA

DENGUE: Casos da doença têm 250% de aumento em um mês na região

No total, os 42 municípios têm 20.202 casos confirmados

Publicado em: 18/04/2024 15:38
Última atualização: 18/04/2024 15:39

Desde o mês de março, autoridades de saúde estão alertando para o pico de casos de dengue que deve ser atingido até o final de abril. A região tinha, em 13 de março, 5.772 episódios confirmados da doença, número que subiu para 20.202 casos registrados em 42 municípios até o final da tarde de terça-feira (16) - salto de 250% em pouco mais de um mês.


Equipes também fizeram vistorias pelas ruas Foto: Prefeitura de Canoas/Divulgação

Cidades como São Leopoldo, Novo Hamburgo e Campo Bom, tiveram um salto no número de confirmações da doença em relação ao mês de março. Por isso, a população precisa ter atenção redobrada com água parada. O Rio Grande do Sul tem 78 mortes registradas e 68.444 casos confirmados.

Das 43 cidades de cobertura do Grupo Sinos, apenas Brochier não apresenta casos de dengue no painel de informações da Secretaria de Saúde. Na comparação feita pela reportagem entre 13 de março e 17 de abril, Campo Bom foi uma das cidades que mais chamou a atenção, com aumento de 613%: na primeira data, havia 229 casos registrados. Até o dia 16 de abril, o número chegou à marca de 1.635 pessoas infectadas, segundo dados do Painel de Casos de Dengue.

Novo Hamburgo tinha, na terça-feira, 6.374 pessoas diagnosticadas, contra 3.034 há um mês, salto de 116% nos casos. Até agora, nove pessoas morreram por conta da doença. Em 4 de março, a prefeita Fatima Daudt declarou situação de emergência em saúde pública.

São Leopoldo tinha 6.583 casos até o dia 16 - em 13 de março, o número era de 1.368, aumento de 381%. Com 14 mortes, a cidade lidera este índice no RS.

Montenegro também apresentou salto nos casos e decretou situação de emergência em saúde pública nesta quarta (17), após registrar 108 casos da doença. O prefeito Gustavo Zanatta pede apoio da população para frear os números: "A situação é muito grave e pedimos a colaboração de todos", convoca.

À espera da trégua 

Segundo adiantou Fernando Spilki, virologista da Universidade Feevale e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Vigilância Genômica de Vírus, se o Rio Grande do Sul seguir o mesmo padrão histórico, é possível que em maio ainda haja novos casos, e que isso se estenda até junho.

"O que sabemos é que teremos um abril difícil. Em maio é onde vamos ver um declínio dos casos, mas tudo isso tem que ser reavaliado, pois estamos tendo um ano muito atípico", disse Spilki.

O virologista destacou também que, com a queda na temperatura nas próximas semanas, a transmissão da doença deve diminuir drasticamente. "Devemos tomar cuidado agora e durante esse prazo para evitar que tenhamos criadouros, pois é depois do inverno, no final de agosto, em meados de setembro, que os ovos depositados começam a eclodir", afirmou o médico.

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