Nos primeiros três dias de abril, o município de Campo Bom já confirmou 91 casos de dengue. A situação aponta para um pico de mil casos até o fim do mês, o que tem levado à superlotação no atendimento médico da cidade.
Em live realizada nesta quarta-feira (3), o prefeito da cidade, Luciano Orsi, e a secretária de Saúde do município, Suzana Ambros Pereira, reforçaram os alertas para a prevenção à doença. “Viemos pedir para que todos renovem aqueles cuidados com água parada. Usem repelente quando sair”, afirmou Orsi durante a transmissão.
Suzana reforçou a importância da participação da população no combate à doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. “A modificação da larva é muito rápida, e por isso, a gente precisa contar com a ajuda de vocês. Recebam os profissionais, eles vêm identificados com o crachá. Cuidem do pátio, com a água parada da chuva, e usem os repelentes. Dessa forma, é possível se precaver”, reforçou a secretária.
Atualmente são 82 agentes de saúde que circulam pela cidade e mais oito agentes de endemia. Todos estão identificados com crachás e trabalham no combate ao mosquito transmissor.
Aumento de casos
O crescimento dos casos confirmados foi de forma exponencial nos primeiros meses de 2024. Em janeiro, a cidade teve 11 pessoas com dengue, o número passou para 89 em fevereiro e deu um salto para 770 positivos em março.
Durante o período, foram 2,1 mil suspeitos que passaram por testes, dos quais 43,82% tiveram confirmação da doença. Com isso, o atendimento nas unidades de saúde tem sido mais demorado devido à alta demanda.
Mesmo assim, Orsi reforçou a necessidade de buscar o atendimento médico quando surgirem os sintomas. “Estamos atendendo a todos em todos os espaços de saúde possíveis. É importante que consultem mesmo que tenha demora.”
A secretária explica que a demora no atendimento se dá em razão da necessidade de atendimento contínuo. “É uma doença que demanda acompanhamento médico e por isso se tem essa superlotação. Além disso, tem o afastamento do trabalho, após quatro dias, a pessoa precisa ser reavaliada e por isso não conseguimos atender em um tempo menor.”
O Aedes aegypti coloca seus ovos em água parada e consegue se reproduzir rapidamente, dessa forma, a principal orientação é evitar focos, mesmo pequenos, de água limpa parada.
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