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SURTO DE DENGUE

DENGUE: Campo Bom vive crise de superlotação nas unidades de saúde em função do aumento de casos

Aumento nos casos de dengue coloca município em alerta, visto que, apenas em março, foram mais de 700 casos confirmados

Eduardo Amaral
Publicado em: 03/04/2024 às 19h:42 Última atualização: 03/04/2024 às 19h:42
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Nos primeiros três dias de abril, o município de Campo Bom já confirmou 91 casos de dengue. A situação aponta para um pico de mil casos até o fim do mês, o que tem levado à superlotação no atendimento médico da cidade.

Mais de 80 agentes circulam pela cidade de Campo Bom para combater o mosquito transmissor | abc+



Mais de 80 agentes circulam pela cidade de Campo Bom para combater o mosquito transmissor

Foto: Prefeitura de Campo Bom/Divulgação/Arquivo

Em live realizada nesta quarta-feira (3), o prefeito da cidade, Luciano Orsi, e a secretária de Saúde do município, Suzana Ambros Pereira, reforçaram os alertas para a prevenção à doença. “Viemos pedir para que todos renovem aqueles cuidados com água parada. Usem repelente quando sair”, afirmou Orsi durante a transmissão.

Suzana reforçou a importância da participação da população no combate à doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. “A modificação da larva é muito rápida, e por isso, a gente precisa contar com a ajuda de vocês. Recebam os profissionais, eles vêm identificados com o crachá. Cuidem do pátio, com a água parada da chuva, e usem os repelentes. Dessa forma, é possível se precaver”, reforçou a secretária.

Atualmente são 82 agentes de saúde que circulam pela cidade e mais oito agentes de endemia. Todos estão identificados com crachás e trabalham no combate ao mosquito transmissor.

Aumento de casos

O crescimento dos casos confirmados foi de forma exponencial nos primeiros meses de 2024. Em janeiro, a cidade teve 11 pessoas com dengue, o número passou para 89 em fevereiro e deu um salto para 770 positivos em março.

Durante o período, foram 2,1 mil suspeitos que passaram por testes, dos quais 43,82% tiveram confirmação da doença. Com isso, o atendimento nas unidades de saúde tem sido mais demorado devido à alta demanda.

Mesmo assim, Orsi reforçou a necessidade de buscar o atendimento médico quando surgirem os sintomas. “Estamos atendendo a todos em todos os espaços de saúde possíveis. É importante que consultem mesmo que tenha demora.”

A secretária explica que a demora no atendimento se dá em razão da necessidade de atendimento contínuo. “É uma doença que demanda acompanhamento médico e por isso se tem essa superlotação. Além disso, tem o afastamento do trabalho, após quatro dias, a pessoa precisa ser reavaliada e por isso não conseguimos atender em um tempo menor.”

O Aedes aegypti coloca seus ovos em água parada e consegue se reproduzir rapidamente, dessa forma, a principal orientação é evitar focos, mesmo pequenos, de água limpa parada.

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