BARBÁRIE
DECAPITAÇÃO: Caso do morador de Ivoti que teve cabeça cortada e partes do corpo jogados em arroio vai a julgamento; relembre
Crime aconteceu em um ponto de tráfico do bairro Morada do Sol em junho de 2018
Última atualização: 25/10/2023 12:47
Integrantes de uma facção criminosa acusados de participar da morte de Elói Alfredo Werlang em junho de 2018 serão julgados nesta quinta-feira (26), em Ivoti. O júri popular acontece no Fórum da cidade, a partir das 9 horas.
Na época, o crime teve enorme repercussão pela crueldade. Werlang foi morto e decapitado em um local conhecido como ponto de tráfico de drogas, onde um mês antes seu irmão havia sido preso por tráfico.
Após o crime, o corpo foi desovado, enrolado em um cobertor, dentro de um arroio no final da Rua Taquari, no bairro Morada do Sol. Ao lado, estava a cabeça da vítima, dentro de uma sacola plástica.
No banco dos réus estará o morador de Ivoti, Ícaro José Amaral Duarte, o Baiano, 29 anos, que, segundo a investigação, auxiliou na morte da vítima, participou da decapitação e ajudou na ocultação do cadáver.
Outro réu é Felipe Gomes de Souza, o Lipe, 33, morador do bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo. Ele é apontado pela investigação como chefe do grupo e teria sido o mandante do crime, embora estivesse preso na época. Um terceiro envolvido no homicídio tinha apenas 16 anos na ocasião e cumpriu medida socioeducativa.
Decapitação foi gravada: autores cantam hip-hop e dão recado
Outro fato estarrecedor envolto no crime foi um vídeo recuperado pela Polícia do momento em que o menor decapitou Elói Alfredo Werlang. Ao som de hip-hop, o adolescente e Ícaro José Amaral Duarte cantam e debocham da vítima.
A gravação foi feita, conforme a Polícia apurou na oportunidade, para amedrontar outros usuários de drogas que tinham dívida com a facção.
“Esse aqui é pra exemplo. O que é certo é certo. O errado será cobrado”, avisa o menor enquanto tenta decapitar a vítima com uma faca de serrinha. Como não conseguiu, o adolescente pediu para que o comparsa providenciasse um facão para concluir o “serviço”.
Os vídeos do homicídio foram localizados armazenados na memória dos aparelhos celulares dos réus Ícaro José Amaral Duarte e Felipe Gomes de Souza. Conforme a denúncia, o vídeo teria sido captado pelo celular de Duarte.
Já no aparelho de Souza, a Polícia encontrou mensagens que o apontam como o mandante do crime. Ao receber os vídeos do processo de decapitação de Elói Werlang, Lipe responde as mensagens parabenizando o menor pela conduta e pela “parceria”, referindo-se ao adolescente como “Meu Grande Irmão”.