SÃO LEOPOLDO
Curso de português para imigrantes é oportunidade de melhor acolhimento em São Leopoldo
Atividade voltada a pessoas que vieram de outros países ensina língua portuguesa e integra culturas
Última atualização: 26/03/2024 17:28
Todas as sextas-feiras, as irmãs Anitza Guayapero, 55 anos, e Adilia Rosa Guayapero, 62, têm compromisso marcado: aprender melhor a língua do País que elas escolheram para viver. Venezuelanas, elas fazem parte de mais uma turma do curso de Português como Língua de Acolhimento (PLAc), iniciativa desenvolvida pela Prefeitura de São Leopoldo, em parceria com a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e o Senac São Leopoldo, voltada para ensinar português para imigrantes que vivem aqui.
As aulas dessa edição começaram em março e ocorrem nas noites de sexta-feira, no Senac, com a professora do curso de Letras da Unisinos, Graziela Hoerbe Andrighetti, que também atua como coordenadora do projeto PLAc, e as professoras Ariadyne Molina e Fernanda Govêa, graduandas de Letras da Unisinos e bolsistas no projeto PLAc-Tarin. Pela Prefeitura leopoldense, a ação é desenvolvida pela Secretaria de Direitos Humanos (Sedhu).
Naturalização
Chefe do Departamento Técnico Social da Sedhu, a assistente social Gicela Timponi explica que os cursos são divulgados nas redes sociais e entre os que já participaram, que acabam avisando para outros imigrantes. Na quinta edição, atualmente a turma é formada por 28 alunos, entre haitianos, venezuelanos, cubanos e um sírio. Segundo a gestora, há fila de espera para novas classes.
"Tanto deu certo que hoje já conseguimos fazer com que o certificado do curso seja um dos documentos exigidos pela Polícia Federal para poder abrir o processo de naturalização para aqueles imigrantes que desejarem. Então, ele já está dentro dos critérios que a PF exige", ressaltou Gicela.
Aproveitando a oportunidade
“Nós estamos muito agradecidas por possibilitarem esse curso maravilhoso, essa oportunidade que nós temos. As professoras são muito legais e estamos aproveitando”, disse Anitza, reforçando a necessidade de mais ações como esta, voltada aos imigrantes, como capacitações na área da computação.
“Informática é muito importante, porque abre muitas portas de trabalho”, completou Adilia. As irmãs vieram para o Brasil há seis anos, motivadas pelo filho de Anitza, que já morava aqui. Adilia ainda voltou para a Venezuela, mas um ano depois retornou para São Leopoldo. “Estava uma situação muito difícil lá quando viemos. A Venezuela está passando por muitas circunstâncias”, lamentou Anitza. “
O Brasil se parece muito com nosso país. Brasil é de gente aberta, acolhedora, gente boa. Sinto saudade da minha terra, do meu país, mas adoro o Brasil e aqui sou muito bem tratada”, afirmou Adilia. Atualmente, ambas trabalham como operadoras de caixa em um supermercado e moram em uma casa alugada no bairro Cristo Rei.
O sonho de Adilia é vender as propriedades que deixou no seu país natal e dar entrada em um imóvel em São Leopoldo. “Estamos muito bem aqui, não me queixo. Só quero resolver o problema habitacional, pois pagamos aluguel e meu sobrinho paga aluguel para dois filhos”, conta.
Aprendizado para além da linguagem
Além da fala, no curso os alunos também trabalham escrita e leitura em português. Adilia conta que anota tudo em seu caderno, como as palavras novas que aprende, parágrafos e textos, além de curiosidades que descobrem com os colegas, que são muito parceiros.
“Apesar de termos línguas diferentes, nos entendemos. Eu não sabia que os árabes escreviam ao contrário, por exemplo”, comentou, surpresa. As irmãs ainda comentam que o curso não só facilita na comunicação, mas também na integração entre as diferentes culturas.
“O mais lindo de tudo isso é que não importa a cor, a raça, a língua, o importante é que nos compreendemos e nos entendemos”, colocou Adilia.
Todas as sextas-feiras, as irmãs Anitza Guayapero, 55 anos, e Adilia Rosa Guayapero, 62, têm compromisso marcado: aprender melhor a língua do País que elas escolheram para viver. Venezuelanas, elas fazem parte de mais uma turma do curso de Português como Língua de Acolhimento (PLAc), iniciativa desenvolvida pela Prefeitura de São Leopoldo, em parceria com a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e o Senac São Leopoldo, voltada para ensinar português para imigrantes que vivem aqui.
As aulas dessa edição começaram em março e ocorrem nas noites de sexta-feira, no Senac, com a professora do curso de Letras da Unisinos, Graziela Hoerbe Andrighetti, que também atua como coordenadora do projeto PLAc, e as professoras Ariadyne Molina e Fernanda Govêa, graduandas de Letras da Unisinos e bolsistas no projeto PLAc-Tarin. Pela Prefeitura leopoldense, a ação é desenvolvida pela Secretaria de Direitos Humanos (Sedhu).
Naturalização
Chefe do Departamento Técnico Social da Sedhu, a assistente social Gicela Timponi explica que os cursos são divulgados nas redes sociais e entre os que já participaram, que acabam avisando para outros imigrantes. Na quinta edição, atualmente a turma é formada por 28 alunos, entre haitianos, venezuelanos, cubanos e um sírio. Segundo a gestora, há fila de espera para novas classes.
"Tanto deu certo que hoje já conseguimos fazer com que o certificado do curso seja um dos documentos exigidos pela Polícia Federal para poder abrir o processo de naturalização para aqueles imigrantes que desejarem. Então, ele já está dentro dos critérios que a PF exige", ressaltou Gicela.
Aproveitando a oportunidade
“Nós estamos muito agradecidas por possibilitarem esse curso maravilhoso, essa oportunidade que nós temos. As professoras são muito legais e estamos aproveitando”, disse Anitza, reforçando a necessidade de mais ações como esta, voltada aos imigrantes, como capacitações na área da computação.
“Informática é muito importante, porque abre muitas portas de trabalho”, completou Adilia. As irmãs vieram para o Brasil há seis anos, motivadas pelo filho de Anitza, que já morava aqui. Adilia ainda voltou para a Venezuela, mas um ano depois retornou para São Leopoldo. “Estava uma situação muito difícil lá quando viemos. A Venezuela está passando por muitas circunstâncias”, lamentou Anitza. “
O Brasil se parece muito com nosso país. Brasil é de gente aberta, acolhedora, gente boa. Sinto saudade da minha terra, do meu país, mas adoro o Brasil e aqui sou muito bem tratada”, afirmou Adilia. Atualmente, ambas trabalham como operadoras de caixa em um supermercado e moram em uma casa alugada no bairro Cristo Rei.
O sonho de Adilia é vender as propriedades que deixou no seu país natal e dar entrada em um imóvel em São Leopoldo. “Estamos muito bem aqui, não me queixo. Só quero resolver o problema habitacional, pois pagamos aluguel e meu sobrinho paga aluguel para dois filhos”, conta.
Aprendizado para além da linguagem
Além da fala, no curso os alunos também trabalham escrita e leitura em português. Adilia conta que anota tudo em seu caderno, como as palavras novas que aprende, parágrafos e textos, além de curiosidades que descobrem com os colegas, que são muito parceiros.
“Apesar de termos línguas diferentes, nos entendemos. Eu não sabia que os árabes escreviam ao contrário, por exemplo”, comentou, surpresa. As irmãs ainda comentam que o curso não só facilita na comunicação, mas também na integração entre as diferentes culturas.
“O mais lindo de tudo isso é que não importa a cor, a raça, a língua, o importante é que nos compreendemos e nos entendemos”, colocou Adilia.