Curandeiro é denunciado por sete crimes sexuais no Rio Grande do Sul

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou um homem de 49 anos que, na condição de curandeiro e guia espiritual, praticou sete crimes sexuais em São Gabriel, cinco deles contra as suas três enteadas. Ele está preso preventivamente desde 29 de março deste ano.

Conforme a denúncia assinada pelo promotor de Justiça Lucas Oliveira Machado, na última sexta-feira (14), o denunciado havia estabelecido um centro religioso em São Gabriel, onde recebia diversas pessoas para o atendimento espiritual e realização de cirurgias de curandeirismo. Ele inclusive indicava medicamentos de uso controlado, sem a prescrição médica.

A investigação apontou que, a partir de 2010 o denunciado começou a utilizar das sessões individuais para violentar as cinco vítimas arroladas na denúncia, utilizando de falsas justificativas para possibilitar a prática de atos libidinosos. "Dentre essas justificativas apontadas, o denunciado chegou a dizer a uma das vítimas que ela possuía problema de infertilidade, o qual somente seria resolvido a partir da submissão desta aos atos libidinosos. Não suficiente isso, por ocasião da investigação, foi possível apurar que o denunciado também importunava sexualmente as suas enteadas, praticando contra elas diversos atos libidinosos que somente vieram a público após a mais nova delas completar a maioridade", aponta o promotor.

Na denúncia, o Ministério Público imputou ao acusado a prática do crime de estupro de vulnerável, por duas vezes, violação sexual mediante fraude, por três vezes, e importunação sexual, por duas vezes. Ainda foram circunstâncias apontadas na denúncia, a prática dos crimes contra descendente, em razão de motivo torpe, tendo como objetivo o controle do comportamento sexual e social das vítimas e a prática de crime no contexto doméstico e familiar contra a mulher. 

O promotor Lucas Oliveira Machado pede que pessoas que tenham sido vítimas desse tipo de crime em São Gabriel e região procure a Delegacia de Polícia ou o Ministério Público para denúncia.