O verão, estação que começa oficialmente nesta sexta-feira (22), é também o período onde os cuidados com a dengue devem ser redobrados. Isso porque, as altas temperaturas, somadas às chuvas formam o ambiente apropriado para a proliferação de mosquitos, entre eles o Aedes aegypti, principal transmissor dos vírus da Dengue, Zika e Chikungunya.
São Leopoldo, segundo resultados do mais recente Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti, o LIRAa, realizado em novembro, apresenta alto risco para a doença. De acordo com o painel de casos de dengue, atualizado diariamente pela Secretaria Estadual da Saúde, até esta terça-feira (19), o Município somava 923 notificações e 110 casos confirmados em 2023. Neste ano a cidade não registrou óbito pela doença. Em 2022 foram confirmados 2.553 casos e quatro óbitos na cidade.
Para evitar novos casos, a Secretaria da Saúde de São Leopoldo segue investindo em prevenção. Diariamente, equipes da Vigilância Ambiental realizam visitas em pontos estratégicos. “Os agentes de combate às endemias percorrem todo dia os pontos mais expostos como floriculturas, ferros-velhos e cemitérios”, explica a secretária de Saúde, Andréia Nunes. “O período do verão, somado com chuvas, é o mais propenso para a reprodução do aedes. Diante disso, pedimos que a população redobre seus cuidados com a água parada dentro de casa”, completa Andréia.
LIRAa
O LIRAa é uma metodologia recomendada pelo Ministério da Saúde para a determinação do Índice de Infestação Predial (IIP) do mosquito Aedes aegypti, de maneira rápida, auxiliando no direcionamento das ações de controle e a avaliação das atividades desenvolvidas. Os bairros são agrupados em sete estratos, dos quais são sorteados os quarteirões a serem visitados pelos agentes.
São inspecionados 20% dos imóveis de cada quarteirão sorteado para a coleta de formas imaturas do mosquito, larvas ou pupas. Em novembro, a ação percorreu, por amostragem, todos os bairros do Município, abrangendo 2.931 residências. Das 208 amostras coletadas nas casas, 128 deram positivo para a dengue. Este foi o quarto LIRAa realizado no ano. O próximo, segundo a Prefeitura, ocorrerá no início de 2024.
“Sensação horrível, pensei que fosse morrer”
No começo deste ano, a dona de casa Marluci Figueiredo, 52 anos, testou positivo para a dengue. Os sintomas iniciais apresentados por ela foram febre alta e dor de cabeça intensa. “Era uma dor muito forte, que não passava de jeito nenhum. Uma sensação horrível. Eu não tinha ânimo para nada. Pensei que fosse morrer”, lembra a moradora do bairro Rio dos Sinos.
Além destes dois sintomas, a dengue pode causar, também, dor no corpo, atrás dos olhos e nas articulações, mal-estar, náusea, vômito, diarreia e manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira.
Medidas de prevenção são fundamentais
Medidas de prevenção à proliferação e circulação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, incluem a limpeza e revisão das áreas interna e externa das residências ou apartamentos e eliminação dos objetos com água parada. Estas são ações simples, mas que impedem o inseto de nascer, cortando o ciclo de vida na fase aquática. O uso de repelente e de roupas que minimizem a exposição da pele também é recomendado para maior proteção individual.
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