DURANTE RITUAL
Crucificada e morta em cemitério: Três homens e uma mulher são os réus
Crime aconteceu em Formigueiro, na região central do Estado; MP considerou o ocorrido de crueldade extrema
Última atualização: 15/04/2024 15:21
Uma mulher de 58 anos foi morta durante um suposto ritual religioso em Formigueiro, na região central do Estado, em fevereiro deste ano. Após o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciar quatro pessoas pelo assassinato de Zilda Correa Bittencourt, a Justiça aceitou as acusações. Eles são três homens e uma mulher.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) ofereceu denúncia à Justiça no dia 6 de março. No mesmo dia, o Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) aceitou a acusação e os quatro se tornaram réus pelo crime de homicídio qualificado.
Em nota, o TJRS diz que "o crime foi praticado entre 9 e 10 de fevereiro de 2024, sendo decretada a prisão preventiva de todos os investigados e mantida a segregação cautelar após a realização da audiência de custódia".
Apesar das prisões, um dos réus, um homem de 65 anos, "foi internado no Hospital Santo Antônio em São Sepé, para tratamento de problemas de saúde". Ele recebeu alta no dia 2 de abril, e, por receber atestado, a prisão preventiva foi convertida em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. Os demais acusados seguem presos preventivamente.
Mulher foi crucificada
Segundo o promotor de Justiça Fernando Mello Müller, do ministério Público, responsável pela denúncia, a mulher chegou a ser crucificada durante o ritual. As qualificadoras da denúncia são motivo torpe, emprego de asfixia mediante tortura e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
O promotor solicitou ainda uma indenização de R$ 300 mil para a família dela. "O crime praticado pelos quatro réus foi estarrecedor, com requintes de crueldade extrema, brutalidade dificilmente vista. Foi um delito que provocou grande repercussão e comoção social, não só em Formigueiro, mas também nas demais cidades da região e em todo o Estado.
Relembre o caso
A mulher morreu em um cemitério na madrugada do dia 10 de fevereiro. Os policiais militares estavam a caminho da ocorrência quando avistaram um homem e uma mulher em uma caminhonete. Dentro do veículo, eles carregavam a vítima, já sem vida.
Os brigadianos os acompanharam até o hospital, onde o óbito foi confirmado. Na casa de saúde, a mulher relatou que foi procurada pelo marido e pelo filho da vítima para realizar o ritual.