Crimes graves diminuem na região, aponta balanço da Brigada Militar

Um relatório divulgado pela Brigada Militar, com dados do órgão de segurança sobre a atuação em 2023, mostra que as cidades da região tiveram queda no que diz respeito a crimes graves. Ao todo, foram 12.710 ocorrências atendidas nos dez municípios que abrangem o 1º Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (1º Bpat), que incluem as cidades de Gramado e Canela, além de outros municípios da Região das Hortênsias, Campos de Cima da Serra e Vale do Paranhana.

Com a atuação das guarnições, mais prisões ocorreram em 2023, sendo, ao todo, 3.002, principalmente, por posse de entorpecentes e tráfico de drogas, furtos e enquadrados da Lei Maria da Penha, que envolvem situações de violência doméstica. As apreensões de drogas também foram superiores ao ano anterior. Em 2023, foram 27,6 quilos de drogas, e, em 2022, 12,2 quilos.

Mais armas também foram tiradas das ruas pelos policiais militares, sendo 70 em 2023, e 54 no ano anterior.

"O comprometimento dos policiais militares que trabalham e residem na região foi essencial para chegarmos aos números apresentados. Podemos afirmar que toda a região está de parabéns, pois, está sentindo que aqui temos segurança pública. Para 2024, nossa missão é ainda mais difícil, porque temos o compromisso de ano após ano melhorarmos a segurança de nossas comunidades. Juntos somos mais fortes", destaca o comandante do 1º Bpat, o tenente-coronel Cezar Augusto Chaves.

Atuação contra a perturbação de sossego

O capitão da Brigada Militar de Gramado, Marcelo Montini, destaca que a atuação do órgão de segurança é assegurada pelo decreto-lei 3.688. “O intuito é também coibir a utilização das motos com escapamento modificado, que causam muito barulho. Quando recebemos uma denúncia ou o policial presencia o ato, a providência adotada é o auto de infração de trânsito, pelo código de trânsito, e um termo circunstanciado com relação à esfera criminal, pela perturbação do sossego alheio”, descreve o capitão.

Para as provas, o próprio policial que atende a ocorrência pode relatar o ocorrido, além da orientação ser gravar vídeos que demonstrem o crime. Depois disso, o caso segue para análise do Ministério Público e Judiciário. “A audiência pode levar cerca de 50 dias e o proprietário da moto, por exemplo, vai ficar sem seu veículo por todo esse período”, destaca o capitão.

“O nosso objetivo não é prejudicar ninguém, não é fazer com que o motoboy perca a fonte de renda, mas a gente precisa coibir, buscar uma mudança de comportamento para que as pessoas tenham mais silêncio em suas casas, no comércio”, declara.