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EXLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL

CRIME POR WHATSAPP: Mães negociavam filhas com empresário em troca de Pix

Segundo as investigações, as duas mulheres já foram prestadoras de serviço da empresa do abusador

Ubiratan Júnior
Publicado em: 17/05/2023 às 15h:45 Última atualização: 26/03/2024 às 20h:26
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Duas mulheres da região metropolitana de Porto Alegre foram alvos de operação da Polícia Civil que investiga abuso e exploração sexual de crianças nesta quarta-feira (14). Conforme as investigações, elas negociavam com o empresário através do aplicativo de mensagens WhatsApp, onde havia uma espécie de “cardápio” e preços que eram pagos através de Pix.

Mãe presa por crime de exploração sexual da filha em troca de Pix



Mãe presa por crime de exploração sexual da filha em troca de Pix

Foto: Reprodução/Polícia Civil

O abusador oferecia depósito imediato, como forma de demonstrar a real intenção de praticar os atos criminosos. Em seguida, eles faziam as combinações, remetendo a tabela de valores a serem pagos por ele para as práticas sexuais. Segundo as apurações, após a combinação de preços o criminoso e as genitoras marcavam encontros em locais reservados, como em hotéis ou em uma de suas residências em Imbé, no Litoral Norte.

Uma digital influencer de 26 anos, moradora de Cachoeirinha foi presa na ação desta quarta-feira. Segundo apurado pela 1ª Delegacia da Criança e do Adolescente (1ª DPCA), a genitora teria submetido a filha de sete anos aos crimes sexuais praticados pelo abusador.

Já uma moradora de Alvorada teve duas filhas, de um e três anos, vítimas de abuso. Segundo a Polícia Civil, a genitora de 23 anos suspeitou da medida judicial e fugiu. No entanto, na tarde desta quarta-feira acompanhada do seu advogado ela apresentou-se na 1ª DPCA, onde foi presa preventivamente. Em comum, as duas mulheres já prestaram serviços na empresa do homem suspeito de cometer os abusos sexuais contra as crianças. O empreendimento dele também teve diligências.

As vítimas foram encaminhadas pelo Conselho Tutelar para perícia psíquica e verificação de violência sexual no Centro de Referência em Atendimento Indanto-Juvenil (CRAI), que integra o Instituto-Geral de Perícias. Conforme o Deca, as filhas da suspeita de 23 anos foram encaminhadas ao Abrigo, sob orientação do juízado.

“Observou-se a total falta de pudor e discernimento dos investigados, bem como de zelo e proteção, inerentes ao dever materno, das investigadas em relação às filhas, tratando-as como mercadorias e submetendo-as a favores sexuais, condutas, portanto, revestidas de gravidade”, afirma a a delegada Camila Franco Defaveri, da 1ª DPCA, responsável pelas investigações. 

O empresário foi preso no mês passado por suspeita de envolvimento no abuso sexual de três irmãs, com idades entre 8 e 12 anos na cidade onde ele tem residências no litoral. 

Denuncie violência sexual contra crianças e adolescentes

Denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes podem ser feitas, inclusive de forma anônima, pelo Disque 100. Também é possível relatar casos para a Brigada Militar, pelo 190, ou acionar o Conselho Tutelar da sua cidade. A Polícia Civil do RS dispõe também dos fones (51) 2131.5700 (para Porto Alegre), 0800 642.6400 e (51) 9.8418.7814 (WhatsApp e Telegram).

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