Em assembleia geral realizada na tarde desta sexta-feira (3), o Cpers Sindicato, entidade que representa os professores estaduais, definiu por rejeitar a proposta de reajuste de 9,45%, do governo estadual para o magistério. Foram 1.031 votos contrários a proposta atual do governo e 661 favoráveis.
A categoria defende um incremento maior, de 14,95%, “para os professores da ativa e aposentados, com ou sem paridade e os nossos funcionários”, pontuou a presidente do sindicato, Helenir Aguiar Schürer, ao final do encontro, que reuniu a categoria na Casa do Gaúcho, em Porto Alegre.
O sindicato não sinalizou greve, mas para pressionar o governo, um ato está marcado para a terça-feira (9), às 10 horas, com saída da sede do Cpers, ainda sem destino definido. A mobilização contará com educadores dos 42 núcleos do Sindicato.
Proposta está na Assembleia
Na tarde de quarta-feira (1), o governo do Estado protocolou na Assembleia Legislativa o PL 139/2023, que trata do reajuste. A proposta foi encaminhada para apreciação em regime de urgência. Segundo o próprio governo, o reajuste encaminhado atende o valor do piso nacional, elevado em janeiro passado pelo Ministério da Educação.
O percentual, conforme o PL, passa a valer retroativamente a partir de 1º de janeiro e incide, com paridade, sobre todos os níveis de carreira dos professores ativos, inativos e pensionistas. “O percentual apresentado garante o compromisso de mantermos o pagamento do piso”, disse na ocasião o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos. O impacto financeiro estimado nas contas do Estado chega a R$ 488 milhões ao ano.
Pela proposta atual, todos os docentes gaúchos ganharão, no mínimo, o novo piso nacional, de R$ 4.420,57 para 40 horas semanais de trabalho. O salário de entrada para professores com licenciatura plena será de R$ 4.641,47.
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