FEMINICÍDIO

CORPO NO PORTA-MALAS: Como está o caso da cabeleireira de Estância Velha morta a facadas pelo ex

Crime aconteceu em janeiro de 2022; após atacar Lourdes Clenir de Oliveira Melo na casa dela, o agressor abandonou o corpo em Santa Catarina

Publicado em: 13/11/2023 16:11
Última atualização: 13/11/2023 16:28

O caminhoneiro Léu Vieira de Moura, 57 anos, acusado pelo Ministério Público (MP/RS) de matar a ex-mulher, a cabeleireira Lourdes Clenir de Oliveira Melo, com 48 anos na época, será julgado cerca de um mês antes de o caso completar dois anos. Moura aguarda o julgamento preso.


Lourdes Clenir de Oliveira Melo foi morta a facadas e o ex-companheiro dela, Léu Vieira de Moura, é réu no processo Foto: Reprodução

O júri popular, que poderá responsabilizar o homem pelo feminicídio e pela ocultação do cadáver, está previsto para acontecer no dia 7 de dezembro, conforme o promotor Bruno Amorim Carpes, de Estância Velha, cidade onde residiam vítima e réu. O julgamento acontece na Sala de Audiências Multiuso do Fórum local, a partir das 9 horas.

Corpo de cabeleireira de Estância Velha é encontrado no porta-malas em Santa Catarina

Conforme denúncia oferecida pelo MP, Léu Moura matou a ex-companheira por não concordar com o fim do relacionamento. Entre os dias 9 e 10 de janeiro de 2022, o caminhoneiro invadiu a casa em que ela residia, na Rua São Cristóvão, no bairro Rincão dos Ilhéus, e desferiu nove facadas contra o corpo de Lourdes. Os golpes atingiram a região peitoral e os braços da vítima.

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Após o crime, ainda segundo o MP, Moura colocou o corpo de Lourdes no porta-malas do carro dela e fugiu em direção a Santa Catarina. Dois dias após o desaparecimento da cabeleireira, o corpo foi localizado dentro do porta-malas do GM Corsa. O veículo estava abandonado na Rua Santa Paulina, bairro Barracão, na cidade de Içara (SC). Na época, câmeras de segurança flagram o momento em que um homem abandona o carro e sai caminhando em direção a BR-101.

Familiar do réu também será julgado por acobertar o crime

Por mais de um mês, Léu Vieira de Moura foi procurado pela Polícia Civil. Ele foi capturado dia 18 de fevereiro de 2022 em um esconderijo no bairro Horto Florestal, em Sapucaia do Sul. Durante a investigação, a Polícia descobriu que o acusado estava sendo mantido por familiares no esconderijo. Por acobertar o réu, uma parente dele também figura na lista de réus e será julgada no mesmo dia.

A denúncia afirma que essa parente foi quem providenciou o retorno de Moura ao Estado. Entre os dias 22 e 23 de janeiro daquele ano, ela contratou um motorista particular para resgatar o acusado, que estava sendo procurado pela Polícia, na localidade de Barra da Lagoa, Florianópolis (SC).

Também foi ela quem alugou uma casa em que o homem foi preso em Sapucaia do Sul. “Ainda, providenciou sucessivas mudanças de aparelhos e de números telefônicos garantindo a perpetuação do foragido Léu Vieira De Moura em fuga, bem como providenciou alimentação e demais comodidades para ele”, escreve o promotor na denúncia.

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