Porto Alegre deve receber em breve uma nova atração. Trata-se de um avião Boeing 737-200, adquirido em um leilão pela escola de aviação Flight e de propriedade da empresa Pinheiro Neto Soluções Corporativas. A aeronave estava em um hangar no Aeroporto Salgado Filho e foi transportada até um estacionamento ao lado do Estádio Beira-Rio, na zona sul da capital gaúcha.
Mas, afinal, qual a história por trás do modelo e sua importância na aviação? Primeiramente, é preciso viajar para 1974, quando as quatro primeiras unidades do Boeing 737-200 entraram em operação pela Varig, aumentando a oferta da empresa por voos domésticos.
O primeiro B737 chegou ao Brasil em novembro daquele ano, vindo de Seatle, nos Estados Unidos. Inclusive, a aeronave que será exposta na capital esteve entre os aviões da remessa inicial enviada ao País. A encomenda original era composta por dez unidades. Quatro recebidas no mesmo ano e outras seis em 1975.
Ponte Aérea Rio-SP
A remessa inaugural foi utilizada exclusivamente para operar na Ponte Aérea Rio-São Paulo, substituindo os Electra II. Após um período, as cidades de Vitória, no Espírito Santo, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Brasília, Salvador, Belém, Santarém e Manaus também começaram a receber os voos do B737-200.
O Boeing passou a operar as linhas servidas pelos Avro HS748. Em relação aos voos internacionais, a primeira rota fora do Brasil do 737 foi para Assunção, no Paraguai.
Novas unidades e apelido
Após a aquisição da Cruzeiro, o Grupo Varig passou a operar com mais seis B737-200 e a contar com 16 unidades. Sete anos depois, em 1982, outras duas aeronaves do modelo foram adquiridas, mas ao contrário das remessas anteriores, eram aviões usados primeiramente pela alemã Bavaria.
Mais cinco anos se passaram e a Varig recebeu os primeiros aviões Boeing 737-300. A chegada da nova geração coincidiu com a exibição da novela Brega & Chique, sucesso na TV Globo. Sendo assim, os vovôs B737-200 acabaram apelidados de “Brega” e os B737-300 de “Chique”.
Fim da operação
Os B737-200 voaram até 2002, quando no início do ano foram retirados de operação. No entanto, por conta das dívidas e da crise financeira da empresa, alguns modelos voltaram a voar em 2003.
Entre os escolhidos estava, mais uma vez, o prefixo VMH, mesmo avião estacionado ao lado do Beira-Rio. Antes aposentada, a aeronave permaneceu voando até junho de 2003 com a “barriga” branca, sem o tradicional azul da companhia aérea.
A primeira configuração do avião contava com 110 assentos. Destes, 12 estavam localizados na Classe Executiva e outros 98 na Classe Econômica.
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