PARA CANTAR JUNTO!

CARNAVAL: Confira os sambas-enredo das seis escolas de samba que participarão do desfile de São Leopoldo

Avenida Dom João Becker, a Passarela Tom Astral, recebe o desfile oficial do carnaval 2024 no município neste sábado, a partir das 21 horas

Publicado em: 01/03/2024 16:25
Última atualização: 01/03/2024 17:17

Os 200 anos de imigração alemã em São Leopoldo serão o tema das seis escolas de samba do município que se apresentam neste sábado (2), no Desfile Oficial do Carnaval 2024. O evento ocorre na Avenida Dom João Becker, a Passarela do Samba Tom Astral, a partir das 21 horas, e tem acesso gratuito ao público.

Império do Sol levou o bicentenário da imigração alemã em São Leopoldo para o desfile do carnaval em Porto Alegre Foto: Alex Rocha/PMPA

A temática que será levada pelas agremiações foi uma sugestão da Secretaria Municipal de Cultura e Relações Internacionais (Secult), em função das comemorações do bicentenário da chegada dos primeiros imigrantes alemães à cidade.

A ordem do desfile

A Alambique Leopoldense é a primeira a desfilar, com previsão de início para 21h30. A Império do Sol – que não concorre ao título em São Leopoldo, pois desfila também em Porto Alegre e, inclusive, foi campeã da Série Prata do carnaval da capital – vem em seguida, às 22h40, e, logo após, a Estação Primeira de São Léo, às 23h50. Já na madrugada do domingo (3), se apresentam Acadêmicos Verde e Rosa, às 1h, e Leões da Feitoria, às 2h10. A Imperadores do Sul encerra o desfile, com entrada na avenida programada para as 3h20.

A apuração - que também tem entrada gratuita - ocorre no domingo, a partir das 16h, nas pirâmides do Largo Rui Porto

Letras dos sambas-enredo

Confira abaixo os sambas-enredo de todas as escolas participantes para você cantar na avenida:

Acadêmicos Verde e Rosa

São Leopoldo em Verde e Rosa, nas águas da miscigenação
Autores: Rafael Tubino e Diego Bodão

Orayeye Oxum... Orayeye!
Verde e rosa é tradição!
Orayeye Mamãe... Orayeye
Lá vem o trevo do meu coração

Quando as águas da esperança
Encontram a luz de Iemanjá
Navego meu destino, minha herança
Desaguando em meu sonhar
Entre lutas e revoltas
Eu fiz a revolução
Vi o colonizador e a miscigenação
Trabalhei de sol a sol por prosperidade
Foi neste rio que encontrei felicidade

São as águas da vida... águas de fé
Marejando meu olhar... Axé!
Fonte da existência, essência de viver!
Mata nossa sede de vencer!

Então, o tempo passou...
Semae tudo transformou...
Água mais pura, espelho da alma...
Borbulha o futuro em ondas calmas
Combustível da vida, tem que preservar
Vem cair na folia...
“São Leopoldo Fest” contagia
No bicentenário vou festejar
Essa terra é meu lugar!


Alambique Leopoldense

Entre charques e cortiços, em meio a enchentes e rebuliços
Autores: Jolnei Lucas e Carnavalesco Xamã

A baixada chegou
Chegou para festejar
Os duzentos anos de São Léo
Tantas lutas e glórias
Na grandeza dessa história
Meu alambique vem mostrar o seu papel

Mil oitocentos e vinte e quatro
Chegada do imigrante alemão
Portugueses, negros e vários
Em terra originários
Já habitavam a região

Estes novos personagens
Trazem grande contribuição
Habilidades na bagagem
Força e muita vontade
Para construir a evolução

Carpinteiros, marceneiros,
professoras e ferreiros
As mais diversas profissões
Se espalharam pelo vale
Em busca da prosperidade
Movia os corações

E o futuro chegou
O alambique sambou
A cidade evoluiu
De um jeito que nunca se viu
E celebra na avenida
A liberdade e a qualidade de vida

Quando a baixada nasceu
Nas terras dos coronéis
Entre charcos e cortiços
Em meio a enchentes
E reboliços
Sem dinheiro, sem papéis

No amor ...ooo...e nas dificuldades...lalaia...
Cresceu em resistência
E venceu adversidades
Conquistou a excelência
E ajudou nossa cidade

E hoje faz duzentos anos
A terra que Deus me deu
Me ensinou não desistir
Amar persistir
E lutar pelo que é meu!


Estação Primeira de São Léo

De braços abertos para o mundo – São Leopoldo, O Berço do Futuro
Autor: Sandrinho Gessé

O mar azul e branco chegou
Fazendo o vale dos sinos
Sorrir e cantar
Amor, meu tamborim já falou
Faz o meu samba firmar
Chegou a hora
São Léo 200 anos de histórias
Vou contar…

O céu, iluminou toda cidade
Oh Terra Mãe
Peregrino, filho teu
Devaneio em uma nave espacial
Milênio, apoteose de um povo
Às margens do Rio, memórias
Mãos que teceram a história
Do vale à serra, batalhas
Da realeza, sagrado a fé
Teu esplendor africano
Te fez prosperar

Lá vem o trem
Apitando lá vem
Lá vem o trem desbravando o amanhã
Ao som da Maria Fumaça
Menina dos olhos é
São Leopoldo, Sim Senhor

O tempo passou, é nova era
Passado, presente, raiz meu viver
Vamos celebrar!
Tecnologia, educação, bem estar
Acolhe em teus braços
Sem discriminar
És diversidade, futuro limiar
Oh! Desponta cidade querida

Berço de um povo
Que nasceu pra te amar
Hoje meu
Elo imigrante
Na estação primeira
Meu papagaio vai anunciar
Sou leopoldense
Numa só voz, capilé!
Vai ecoar

Leões da Feitoria

Os Leões da Feitoria brindam os 200 anos da colonização alemã em São Leopoldo
Autores: Mamau de Castro, Vini Vila e Dodô Ananias

Parabéns pra você, é pura emoção
Duzentos anos de colonização
A Feitoria traz os Leões pra festejar
Nessa folia da cultura popular

Sopram ventos do destino
Brava gente cruza a imensidão
Chegam ao Vale dos Sinos
Encontram negros
E os nativos nesse rincão
A força se revigora
No trabalho mãos à obra
Linho-cânhamo a florescer
Fértil riqueza do viver

Cohab é meu chão
Vermelho e branco eu sou
Hoje tem baile, bota a cerveja pra gelar
Um brinde pra comemorar

Sagrada semente da evolução
Linda arquitetura, sábia educação
Natureza de mil encantos
Cenário de verdes campos
Passado nos trilhos do trem
O presente reflete no futuro
Construindo um Novo Mundo
Arte em beleza, luz da religião
Fartura na mesa, sorriso em comunhão
Povo que contagia no maior astral
És a alegria do meu carnaval


Imperadores do Sul

Heranças culturais, São Leopoldo 1824, o legado deixado no Berço da Colonização Alemã
Autores: Mamau de Castro e Renan Ludwig

Imperadores radiante na avenida
Marcante trajetória vem contar
Feliz da vida o imigrante a exaltar
Povo trabalhador na identidade
Legado de imenso valor
No progresso da cidade
Na Real Feitoria chegou
Linho-cânhamo prosperou
Fortalecendo sagrado chão
O tesouro da plantação

Ensinamento ancestral, jeito de ser
Herança cultural, escrita do viver
Culinária, comércio, religião
No Vale dos Sinos uma nação

Estradas de fortalecimento
Horizonte de cooperação
Tecnologia em desenvolvimento
Indústrias em evolução
Encantos da natureza
Fonte de energia e riqueza

Arte em feiras livres
Turismo, lazer de encantar
Orgulho às origens
Na “São Leo Fest” celebrar


Império do Sol

Um bicentenário com mais de 200 anos! São Leopoldo, a saga histórica da cidade povoada, amada e miscigenada
Autores: Vinicius Brito, Vinícius Maroni, Inácio Rios e Chico Professor

Guaraci beija a pindorama
O rio trama com as montanhas
Dançando pro mar
O linho se entrelaça à melanina
E aos olhos da coroa
Faz de ninho este lugar

O vale mistura as cores, saberes, sabores
Açores, africanos, carijós, o vale se tinge de cores das dores, da fé
Na vila pulsa a vida capilé

Do horizonte, sonhos distantes às margens sinuosas do Itapuy
Embalaram a viagem imigrante

A terra é majestosa por aqui (BIS)

A lida que semeia sesmarias na Feitoria, cultiva a saudade da cidade
Floresce assim
E o trem que passa abraça o amanhã por um lugar ao sol...
Esse povo construiu
A colônia leopoldense, a primeira do Brasil

E a Império do Sol
Que brilha neste céu
Tua morada é São Léo

Sou africano, alemão e brasileiro originário, luterano e macumbeiro (BIS)
Bato no peito, sou imperiano
A minha história tem mais de
200 anos

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