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OPERAÇÃO LEITE COMPENSADO

Confira as manifestações de órgãos sobre indústria da região que adicionava soda cáustica e água oxigenada no leite

Após ação do Ministério Público e da polícia nesta quarta-feira, prefeitura de Taquara, onde fica a sede da empresa de laticínios, e Sindilat emitiram notas

Stefany de Jesus Rocha
Publicado em: 11/12/2024 às 16h:46 Última atualização: 11/12/2024 às 16h:51
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Com a realização da operação Leite Compensado na manhã desta quarta-feira (11), que teve como alvo principal a empresa de laticínios Dielat, localizada no bairro Empresa, em Taquara, alguns órgãos se manifestaram sobre a ação. 

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Indústria de leite da região é suspeita de batizar produtos com soda cáustica e água oxigenada | abc+



Indústria de leite da região é suspeita de batizar produtos com soda cáustica e água oxigenada

Foto: Ministério Público

A suspeita é que a empresa esteja usando soda cáustica e água oxigenada para mascarar qualidade do leite, que estaria sendo adulterado com água. Até a tarde, cinco pessoas foram presas.

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Prefeitura de Taquara

A prefeitura de Taquara disse que servidores da Vigilância Sanitária acompanharam os trabalhos com o Ministério Público e afirmou que não possui nenhum contrato vigente com a empresa alvo da ação e nem com associação vinculada à investigada.

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“A Prefeitura reforça publicamente que o último contrato com uma associação vinculada à empresa investigada encerrou em 2021, não sendo mais renovado”, salientaram.

Abaixo, leia a nota na íntegra:

A Prefeitura de Taquara, através da Vigilância Sanitária e da Sala do Empreendedor, ofereceu apoio à 13ª fase da Operação Leite Compensado, realizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) na manhã desta quarta-feira (11). A Administração Municipal também esclarece que não possui qualquer contrato vigente, seja por compra direta ou licitação, com a empresa alvo da ação e nem com associação vinculada à investigada.

A Prefeitura também reforça que a fiscalização da empresa investigada não é realizada pelo Município, e, sim, compete aos órgãos estaduais e federais. No entanto, pela manhã, a Administração Municipal autorizou a Vigilância Sanitária e servidores da Sala do Empreendedor a acompanhar os trabalhos da operação, a fim de verificar a situação junto aos agentes responsáveis, inclusive colocando a Administração à disposição quanto ao descarte correto dos alimentos encontrados após o fim da investigação.

A Prefeitura reforça publicamente que o último contrato com uma associação vinculada à empresa investigada encerrou em 2021, não sendo mais renovado. Atualmente, as empresas fornecedoras de leite, tanto em pó quanto líquido, são de fora da região.”

Sindilat

O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat) do Rio Grande do Sul disse, em nota, que “repudia com veemência qualquer tipo de adição indevida ao alimento”.

Segundo o sindicato, atualmente o leite gaúcho é o mais fiscalizado do Brasil e que “qualquer ação adotada no intuito de burlar o sistema posto é rechaçada em coro por todos os agentes do setor produtivo e deve ser punida”.

Abaixo, leia a nota na íntegra:

“O leite é um produto nobre, produzido com zelo e cuidado por milhões de pessoas no mundo. Casos como o denunciado nesta quarta-feira (11/12) pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) referente à suposta adulteração precisam ser apurados com rigor, e os responsáveis punidos. O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) repudia com veemência qualquer tipo de adição indevida ao alimento, um procedimento que vai na contramão de um trabalho meticuloso e diário adotado por produtores, transportadores e indústrias nos últimos anos para elevar os padrões de qualidade no Rio Grande do Sul.

O leite gaúcho hoje é o mais fiscalizado do Brasil, procedimentos regrados por legislações federal e estadual em diferentes instâncias e órgãos de controle, a exemplo do Ministério da Agricultura, Anvisa, Secretaria da Agricultura, entre outros. Todas as cargas que chegam às empresas passam por testes físico-químicos em diferentes etapas do processo produtivo e os resultados estão constantemente à disposição das autoridades. Qualquer ação adotada no intuito de burlar o sistema posto é rechaçada em coro por todos os agentes do setor produtivo e deve ser punida.”

A reportagem também procurou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), mas até a publicação desta matéria, nenhuma manifestação havia sido enviada. O espaço segue aberto.

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