A região da Serra gaúcha ainda sofre com as consequências dos períodos de chuvas intensas, que persistem desde o primeiro semestre do ano passado. No trecho entre Nova Petrópolis e Caxias do Sul, a BR-116 teve registros de quedas de barreiras e ponte. Com bloqueio total, a ligação entre os dois municípios ainda não é possível através da rodovia federal.
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Foto: Divulgação
Com restrições no fluxo de veículos desde junho de 2023, as obras próximo ao quilômetro 181 serão concluídas nesta semana. A projeção é do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
O superintendente regional do órgão no Rio Grande do Sul, Hiratan Pinheiro da Silva, explica que a execução do serviço, que deveria ser finalizada em junho deste ano, atrasou devido aos episódios climáticos que ocorreram no Estado, nos últimos meses.
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Em um investimento de R$ 24,6 milhões, a encosta da rodovia recebeu contenções e a pista foi reconstruída. “Vamos conseguir melhorar a fluidez no trânsito. Já conseguimos reduzir em um quilômetro a distância do pare e siga e reduzimos também o tempo de parada dos usuários”, atesta.
Foto: Divulgação
Atualmente, segundo o superintendente, são cerca de quatro quilômetros entre os dois semáforos. “Tivemos cinco pontos atingidos e, conforme as obras vão avançando, a gente vai reduzindo o pare e siga”, alega Hiratan. A perspectiva é que todos os serviços sejam concluídos no final de 2025. “Não quer dizer que o pare e siga vá até o ano que vem. Se o tempo ajudar, entre o final deste ano e início do próximo, queremos ter a via um pouco mais liberada”, pondera.
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As obras incluem, ainda, os reparos e reconstruções das avarias causadas pelas chuvas de novembro de 2023 e maio de 2024. As intervenções estão orçadas em mais R$ 68,5 milhões. Isso sem contar a construção da nova ponte sobre o Rio Caí, que terá investimento de R$ 31 milhões.
Hiratan reforça que a ponte deve ser concluída até dezembro deste ano, restabelecendo o fluxo viário direto entre Nova Petrópolis e Caxias. No momento, o caminho indicado passa pela Ponte do Bananal, no interior.
A ponte provisória que seria construída teve a obra cancelada, por causa do prazo de entrega, em novembro de 2024. “Conseguimos adiantar o prazo da ponte definitiva de abril de 2025 para dezembro de 2024”, cita o superintendente. “Dentro de todas as ações emergentes, priorizamos a ponte do Rio Caí e as encostas da região de Nova Petrópolis”, acrescenta.
Hiratan reforça que há empresas contratadas para realizar levantamentos de outras estruturas que tiveram danos e que necessitam de contenção, e também para ações preventivas de estudos sobre os deslizamentos.
Logística e economia da região é prejudicada
O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul (Setcergs) faz um apelo para acelerar a reconstrução da ponte, A travessia, localizada no quilômetro 174 da rodovia, está interditada desde 12 de maio.
A interdição da ponte tem gerado desafios para os transportadores, que enfrentam um desvio de 80 quilômetros via São Sebastião do Caí, e causado impactos negativos na economia local e no fluxo de visitantes para a Região das Hortênsias.
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“A rota é essencial para a logística da região, impactando diretamente o transporte de produtos, como leite e calçados, além de ser uma via crucial para turistas e residentes. Sem a ponte, o desvio pelo interior tem causado congestionamentos e prejuízos significativos, além de afetar o acesso a serviços e o transporte escolar”, afirma a diretora efetiva do Setcergs, Betina Kopper.
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