RODOVIAS
Concessionária aceita avaliar sugestão de novo lugar para pedágio na RS-122
Moradores e prefeito de São Sebastião do Caí não querem a praça no quilômetro 4,6
Última atualização: 29/02/2024 08:14
A esperança de mudar o local da futura praça de pedágio do quilômetro 4,6 da RS-122, em São Sebastião do Caí, permanece em pé. É isso que garante o prefeito caiense, Júlio César Campani, depois de uma reunião realizada com a diretoria da Concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) e os moradores do bairro Areião. Por conta de uma recepção negativa da população perante a tentativa da CSG de negociar as áreas necessárias para o pedágio, a empresa aceitou que a prefeitura apresente alternativas.Desde que o governo do Estado anunciou o pacote de concessão, Campani (foto) tem reclamado da localização do pedágio, afirmando que o local dividiria a cidade ao meio. Inclusive, moradores chegaram a fechar a rodovia para protestar.
"A concessionária abriu uma porta para diálogo no sentido de buscar outro ponto. Eu já tinha apresentado quatro alternativas ao governo do Estado", diz.
O prazo para que a CSG construa a nova praça é dezembro de 2024 e, até o momento, nenhum decreto de desapropriação foi emitido. O valor da tarifa será de R$ 9,95, cobrado na ida e na volta. A concessionária assumiu em 1º de fevereiro a RS-122, RS-240, RS-287, RS-446, RS-453 e a BR-470, abrangendo na região os municípios de Bom Princípio, Capela de Santana, Montenegro, Portão, São Leopoldo, São Sebastião do Caí e São Vendelino, além de Triunfo.
Segundo o diretor-executivo da CSG, Paulo Roberto Negreiros Sobrinho, a concessionária, "se prontificou a ouvir sugestões de uma localização alternativa para a praça de pedágio, ao mesmo tempo que continua em negociação com os proprietários afetados pela construção da mesma". De acordo com ele, é política da empresa a busca de uma solução que cause o "menor impacto possível" para os usuários da rodovia e a população que reside ou tem seus negócios às margens da RS-122.
No entanto, Negreiros salienta que devem ser resguardados os direitos previstos no contrato de concessão assinado com o governo do Estado, os quais embasaram a proposta de licitação.
Propostas e negociação
Conforme o prefeito Júlio César Campani, a administração municipal vai elaborar duas propostas e apresentar aos moradores na próxima semana. Já na terceira semana de abril, a CSG deve ser chamada para conhecer a alternativa escolhida como a mais viável. "Em vez de mexer com até 30 imóveis, a nossa proposta é que se resolva com o menor impacto possível", explica Campani.
Segundo ele, um dos estudos já levantou a possibilidade de local onde seja necessária a desapropriação de área pertencente a um único proprietário. "Também pedi que os moradores escolham um líder entre eles para participarem das reuniões", pondera.
O prefeito declara ainda que os moradores estão insatisfeitos com a abordagem e propostas feitas pela CSG até o momento, que não condizem com o valor real dos imóveis.
Quanto à mudança do ponto das praças de pedágio, o prazo previsto em contrato para que sejam iniciados os trabalhos de deslocamento é de um ano.
Antevendo a instalação da praça de pedágio, a prefeitura de São Sebastião do Caí investiu em asfaltamento de uma via no ano passado, para servir como possibilidade para desvio de rota.
"A concessionária abriu uma porta para diálogo no sentido de buscar outro ponto. Eu já tinha apresentado quatro alternativas ao governo do Estado", diz.
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"A concessionária abriu uma porta para diálogo no sentido de buscar outro ponto. Eu já tinha apresentado quatro alternativas ao governo do Estado", diz.