A Comusa – Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo junto a um grupo de trabalho em colaboração com municípios da bacia hidrográfica do Rio Sinos, realizaram a contratação de um estudo que deverá apontar soluções aos problemas de cheias e estiagens na região. O objetivo principal é encontrar medidas que possam regular a vazão do rio durante períodos extremos de falta ou excesso de água, cada vez mais frequentes devido aos extremos climáticos registrados nos últimos anos.
As soluções começaram a ser buscadas durante a seca do verão de 2022, onde o Rio dos Sinos ficou perto da baixa histórica. Para isso, representantes de diversas cidades da bacia, incluindo Novo Hamburgo, São Leopoldo, Campo Bom, Esteio, Taquara, Comitesinos e Pró-Sinos, uniram esforços em conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente do Estado. Além disso, foi realizado um seminário na Granpal onde foi encaminhado esse pedido, juntamente com municípios de outras bacias hidrográficas, como a do rio Gravataí.
A união de todas essas cidades, junto ao governo do Estado, resultou na contratação de um estudo de vazão da Bacia do Sinos que está com o edital homologado na Secretaria do Meio Ambiente. A partir deste estudo, será possível buscar investimentos para lidar diretamente com os problemas recorrentes de falta ou excesso de chuva.
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O vice-prefeito e diretor-geral da Comusa, Márcio Lüders, que capitaneou o grupo de trabalho, destaca que, nos próximos anos, a questão climática deve complicar ainda mais os períodos mais intensos da região. “Desde 2019 alertamos dessa situação na nossa região. Em 2020, tivemos a maior baixa já registrada na nossa captação, em 1,75m. Já, em 2023, tivemos a segunda maior cheia da nossa história. Ou seja, estamos lidando com uma variação climática nunca vista antes. E isso vai piorar, como podemos ver as mudanças no clima em todo o mundo”, explica.
O objetivo do estudo é identificar formas de atuação na bacia para garantir a reserva de água, ver quais as melhores opções para a bacia (reservatórios, barragens, etc) e o impacto que essas intervenções podem ter no meio ambiente. “É um verdadeiro raio-x da bacia, mas para poder garantir abastecimento em épocas de estiagem e contenção em épocas de cheias. O primeiro passo foi dado e quanto antes tivermos esse estudo, com os dados em mãos, poderemos tomar atitudes que digam respeito a todas as cidades, apontar soluções que venham a nos beneficiar no longo prazo e lidar com cheias ou prolongadas estiagens”, complementa.
Para a presidente do Comitesinos, Viviane Feijó Machado, o estudo é fundamental para definir quais os esforços que o colegiado deve buscar para garantir a disponibilidade hídrica para a bacia. “Identificar as alternativas para regularização de vazão e equilíbrio do balanço hídrico é uma das ações do Plano de Bacia, e o resultado dele trará as melhores intervenções que poderão ser feitas na bacia para garantir a quantidade e, consequentemente, a qualidade da água em alguns períodos”, afirma.
Com o edital homologado, as empresas interessadas devem se inscrever e apresentar suas propostas. Após a análise, a expectativa é ter esse estudo em mãos o quanto antes para definir, junto ao governo do Estado, as melhores soluções.
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