A primavera vai se despedindo com instabilidade no Rio Grande do Sul. Essa sexta-feira (20), marca o último dia da estão e pode começar com chuva, podendo ser localmente forte, em grande parte do território gaúcho. No entanto, durante o dia a nebulosidade se afasta e dá lugar ao sol entre nuvens.
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No sábado (21), começa o verão. A nova estação terá início às 6h20 e marca o período mais quente do ano no Estado, com predomínio de calor. O período começa com o Pacífico Equatorial Central em neutralidade, ou seja, sem a presença dos fenômenos La Niña ou El Niño.
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A MetSul prevê que o verão transcorra com Pacífico em neutralidade perto do limites de La Niña ou que o fenômeno venha a ser declarado muito mais tarde que o habitual. Mas o que isso quer dizer?
Historicamente, esse fenômeno agrava o risco de estiagem no Estado no verão. “Mas anomalias positivas de temperatura do mar – mesmo que breves – no Pacífico Leste da região equatorial, que não é a região usada para identificar a presença de La Niña, podem ter o efeito de aumentar temporariamente a chuva no Sul do Brasil”, explica a MetSul.
O que esperar do verão 2025?
De acordo com a MetSul, na nova estação a tendência é ser ainda mais irregular, com significativa variação nos totais de acumulados de uma localidade para outra. “Haverá áreas do Estado, em particular do Oeste e parte do Sul, com períodos mais prolongados de chuva abaixo das médias históricas e déficit de precipitação com algum impacto na agricultura. O quadro somente não se tornará mais preocupante porque há abundante umidade no solo pelo ano de 2024 de precipitação acima do normal”, observa a empresa especializada em meteorologia.
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As precipitações acima da média no Sul do País neste fim de ano, trazem uma condição hídrica mais favorável. Por isso, a projeção é que mesmo com a chuva irregular e abaixo da média histórica em regiões do território gaúcho, a situação seja menos crítica que em anos de estiagem forte.
Por outro lado, a MetSul destaca que a metade norte do Estado pode ter um quadro mais favorável de precipitação com acumulados mais altos. “Alguns pontos, inclusive, podem terminar a estação com chuva acima da média”, aponta.
O prognóstico indica que devem ser esperados episódios pontuais de chuva volumosa a expressiva, de curta duração e com características muito localizadas. Elas podem ser acompanhadas de temporais passageiros em dias muito quentes e mais úmidos.
“Do ponto de vista da climatologia histórica, as regiões Norte, Leste e Nordeste do Estado têm uma maior propensão a estes episódios de chuva volumosa, sobretudo o Litoral Norte que sofre maior influência das correntes de umidade que atuam nesta época do ano no Sudeste do Brasil e nos litorais de Santa Catarina e do Paraná”, enfatiza a MetSul.
A MetSul lembra que o verão gaúcho é a época em que, tradicionalmente, ocorrem pancadas de chuva localizadas e passageiras. “Em regra, da tarde para a noite em dias de calor e umidade alta. Não raro chegam são acompanhadas de temporais, alguns fortes de vento e granizo, e podem despejar volumes altos de chuva em curto período com transtornos nas cidades por alagamentos”, pontua a empresa.
Dias de calor intenso, com marcas entre 35ºC e 40ºC, tendem trazer tempestades mais severas com estragos por granizo, chuva volumosa em curto período, vendavais, tornados e correntes de vento violentas (downburst).
Ondas de calor?
O calor, obviamente, fará parte do verão gaúcho. A MetSul projeta estação com temperatura perto e acima da média histórica na grande maioria ou totalidade das cidades gaúchas com algumas jornadas de calor mais intenso em que as máximas devem ficar próximas ou acima dos 40ºC em partes do Estado.
Porém, os meteorologistas afirmam que dados não indicam uma estação excessivamente quente, mas não se afasta ao menos uma onda de calor mais forte ou intenso durante o período, especialmente durante uma fase seca mais prolongada.
“Mesmo sendo verão é provável que ocorram na estação dias de temperatura amena com maior influência de rápidas passagens de ar frio de trajetória marítima afetando mais o Sul e o Leste do Estado, especialmente em março. A influência do Pacífico mais frio que a média, aliás, pode trazer alguns dias de temperatura baixa mais cedo que o habitual no final de verão”, explica a MetSul.
Vento nordestão nas praias?
Segundo a MetSul, Quando pulsos de ar frio de trajetória marítima atuarem sobre o Atlântico Sul perto da costa gaúcha, o vento Nordestão nas praias se fará presente em nosso litoral.
“Como neste verão espera-se temperatura mais alta do mar na nossa costa com ingresso da Corrente do Brasil, os veranistas tendem a desfrutar de alguns dias com mar claro e quente”, finaliza.
