GOLPE DOS NUDES
Como opera a nova indústria do crime organizado do Vale do Sinos
Investigações interestaduais colocam Novo Hamburgo e São Leopoldo como central nacional do milionário esquema de extorsão que já causou morte de duas vítimas
Última atualização: 05/09/2024 17:05
Investigações em diferentes estados contra o golpe dos nudes já convergiam para o Vale do Sinos no ano passado. A descoberta de duas delegacias clandestinas no bairro Canudos, em Novo Hamburgo, há dois meses, atraiu ainda mais atenções para a região, considerada agora uma espécie de central nacional da chamada "sextorsão".
Duas operações interestaduais durante a semana levantaram novos indícios de complexa máquina do crime por trás do esquema, que movimenta milhões de reais e já resultou na morte de pelo menos duas vítimas. Presidiários ligados à facção Os Manos, do Vale do Sinos, são considerados os gestores. Ramificações no Vale do Paranhana e em outras cidades da região metropolitana também foram constatadas.
Coordenador da Operação Sem Fronteiras, na manhã de quinta-feira, o delegado de Repressão a Crimes Cibernéticos de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, Caio Martines, não hesitou em mencionar a origem de tudo. "Esse golpe é daí de Novo Hamburgo e São Leopoldo, mas a gente acredita que vai se espalhar entre criminosos do País, pela interação de presos e facções."
Vergonha
Ele frisa a relação custo-benefício. "Não precisam correr o risco de traficar, roubar. Pela internet, arrecadam elevados valores e contam com a vergonha da maioria das vítimas em não procurar a Polícia." O delegado paulista de Presidente Venceslau, Edmar Caparroz, concorda com a expressiva subnotificação. Ele coordenou no Vale do Sinos, na manhã de terça, a Operação Pothos - nome alusivo ao deus grego da paixão, anseio e desejo. "A grande maioria dos casos não é registrada. Imagina um homem casado levar adiante. Ou dizer que perdeu o dinheiro da família por trocar nudes."
Para Caparroz, há fortes indícios de que as encenações para as vítimas paulistas foram feitas nas falsas delegacias de Novo Hamburgo. "Têm os mesmos ambientes e adereços, como canecas como logomarca da Polícia, banners."
O outro delegado paulista que participou da operação, Élisson Yukio Hasai, observa a retroalimentação do crime organizado. "O dinheiro arrecadado é aplicado na compra de drogas, armas, no financiamento de homicídios", exemplifica.
Responsável pela descoberta das falsas delegacias, o delegado da 1ª DP de Novo Hamburgo, Tarcísio Kaltbach, revela que, desde então, o órgão vem recebendo contatos de policiais e vítimas de vários estados. "Identificaram o cenário. Por um lado foi essencial para contribuir com várias investigações, mas, por outro, nos deixa tristes pela utilização e maculação da imagem da Polícia para aplicar golpes."
Como funciona
Os criminosos criam perfis falsos nas redes sociais, passando-se por jovens atraentes, para seduzir homens até convencê-los a praticar o chamado "sexo virtual", com troca de imagens íntimas. A ilusão do relacionamento acaba quando um bandido entra em contato, dizendo ser pai ou mãe da namorada fictícia, exigindo dinheiro para bancar tratamento psiquiátrico da filha, sob argumento de que ela é menor e entrou em depressão pela exposição.
O próximo passo é a intimação de falsos policiais, que cobram valores ainda mais altos para não prender o homem por pedofilia. A pressão psicológica aumenta na medida em que o extorquido é apontado como culpado do suicídio da garota. A quadrilha envia documentos falsificados como mandados de prisão e atestado de óbito, além de encenar velório.
Sedução, armadilha, prejuízo, mortes e prisões
A Polícia de Minas Gerais foi atrás de uma onda de golpe dos nudes no norte do Estado, quase na divisa com a Bahia, em julho do ano passado, e acabou desembocando em Novo Hamburgo. É para onde ia o dinheiro das vítimas. Caía nas contas bancárias de dois irmãos de um traficante do Vale do Sinos, que aprendeu no presídio e abriu uma espécie de empresa familiar de extorsão.
O grupo hamburguense arrecadou R$ 30 mil com um agricultor de 47 anos, morador de São João das Missões, e exigia valor parecido de um comerciário de 22 anos da cidade vizinha de Manga, às margens do Rio São Francisco. O jovem não aguentou a pressão psicológica e se matou em novembro. Investigador da DP de Manga Pedro Maciel frisa que a maioria das vítimas da região não procurou a Polícia por vergonha. Ele entrou em contato com a 1ª DP de Novo Hamburgo, que fez buscas, colheu provas e indiciou o trio por extorsão e estelionato. "Já tínhamos prendido esse indivíduo por tráfico de drogas aqui em Novo Hamburgo", conta o delegado Tarcísio Kaltbach.
Em novembro do ano passado, policiais civis paulistas prenderam um traficante em Taquara e apreenderam R$ 2 mil em dinheiro na cela de um preso em Charqueadas, além de celulares e documentos. "A vítima deles, um homem de 35 anos da cidade de Teodoro Sampaio, acabou cometendo o suicídio", recorda o delegado Edmar Caparroz, de Presidente Venceslau, no oeste de São Paulo.
Na manhã de 23 de novembro do ano passado, foi presa em casa, no bairro Primavera, em Novo Hamburgo, uma "atriz" do golpe dos nudes. A mulher de 45 anos interpretava a mãe da adolescente que tinha feito "sexo virtual" para apavorar os homens. "A gente tem dois vídeos que ela fez", declarou o delegado de Repressão aos Crimes Informáticos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), André Anicet.
No contexto da "atriz", havia encenação de depoimentos em delegacia e até do velório da adolescente fictícia, para dizer aos homens que ela tinha entrado em depressão e se matado em razão da exposição na internet. Os vídeos foram decisivos para extorquir vítimas em várias regiões do País.
Nos dias 27 e 29 de abril deste ano, Operação Teatro do Crime, da 1ª DP de Novo Hamburgo, chegou aos possíveis palcos da "atriz". Os agentes encontraram uma delegacia clandestina na Rua Sapiranga e outra na Rua José Aloísio Daudt. As réplicas de gabinetes policiais tinham banners de instituições de vários Estados e pilhas de documentos públicos falsificados, como boletins de ocorrência, depoimentos e certidões de óbito. Também um cadastro de homens de vários estados, de diferentes faixas etárias, que haviam caído no golpe. Houve três prisões e apreensão de 2,6 mil comprimidos de ecstasy.
No mesmo dia da descoberta da primeira falsa delegacia, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Leopoldo prendeu três laranjas do esquema, em São Leopoldo, Canoas, Três Coroas e Feliz. Segundo o delegado Ayrton Figueiredo Martins Júnior, o dinheiro da extorsão caía na conta bancária deles.
Na manhã de 10 de maio, uma operação do Deic na Penitenciária Modulada de Charqueadas mostrou que a facção do Vale do Sinos fez escola. Os presos possuíam ligação com catarinenses e tinham entre as vítimas um prefeito gaúcho. O delegado que coordenou a operação, Vinicios do Valle, não quis informar sequer a região do político nem mais detalhes sobre a quadrilha.
Oito policiais civis de São Paulo, em nova investida em solo gaúcho coordenada pelo delegado de Presidente Venceslau, Edmar Caparroz, montaram base em Novo Hamburgo, no domingo passado, para cumprir 11 mandados de busca na região. A operação, deflagrada com apoio da 1ª DP hamburguense na manhã de terça, tinha como principal alvo uma moradora de Campo Bom de 25 anos, esposa de um preso de 35 anos.
A mulher não foi encontrada, mas os agentes chegaram à casa da ex-mulher de um líder da facção Os Manos, transferido em 2018 para penitenciária federal do Rio Grande do Norte. A casa dela, no bairro Canudos, era ponto de conexão da internet com as vítimas de São Paulo. Ela foi ouvida e liberada. Em Parobé, foi presa uma mulher com farto material do golpe no celular. Uma das vítimas é um aposentado de 68 anos, de Presidente Venceslau, que deu R$ 104 mil por medo de ser preso por pedofilia.
E, na manhã de quinta, foi a vez da Polícia de Goiás montar operação com foco no Vale do Sinos. O alvo era célula criminosa que arrecadou um dos maiores valores já registrados. Conseguiu R$ 480.400,00 de um fazendeiro de 26 anos de Rio Verde (GO).
A principal prisão foi de uma manicure de 39 anos, na casa dela, no bairro Vila Diehl, em Novo Hamburgo. "Ela é a dona da internet utilizada na criação do perfil criminoso que trocou nudes com a vítima. É casada com um rapaz que está preso por tráfico de drogas", declarou o delegado Caio Martines. Foram ainda capturados quatro laranjas - duas mulheres, de 65 e 25 anos, encontradas no bairro Duque de Caxias, em São Leopoldo, e dois homens, de 51 e 28 anos, localizados no Centro de Taquara. "Cada um foi preso em sua casa. São os titulares das contas bancárias que receberam o dinheiro da vítima”, detalhou o delegado.
Programa de TV
A prática golpista que fez vítimas no Rio Grande do Sul e em todo o País virou tema de programa de TV. No episódio do Linha Direta do dia 25 de maio, a TV Globo aborda modalidade de crime que tem núcleos organizados no Vale do Sinos.
Investigações em diferentes estados contra o golpe dos nudes já convergiam para o Vale do Sinos no ano passado. A descoberta de duas delegacias clandestinas no bairro Canudos, em Novo Hamburgo, há dois meses, atraiu ainda mais atenções para a região, considerada agora uma espécie de central nacional da chamada "sextorsão".
Duas operações interestaduais durante a semana levantaram novos indícios de complexa máquina do crime por trás do esquema, que movimenta milhões de reais e já resultou na morte de pelo menos duas vítimas. Presidiários ligados à facção Os Manos, do Vale do Sinos, são considerados os gestores. Ramificações no Vale do Paranhana e em outras cidades da região metropolitana também foram constatadas.
Coordenador da Operação Sem Fronteiras, na manhã de quinta-feira, o delegado de Repressão a Crimes Cibernéticos de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, Caio Martines, não hesitou em mencionar a origem de tudo. "Esse golpe é daí de Novo Hamburgo e São Leopoldo, mas a gente acredita que vai se espalhar entre criminosos do País, pela interação de presos e facções."
Vergonha
Ele frisa a relação custo-benefício. "Não precisam correr o risco de traficar, roubar. Pela internet, arrecadam elevados valores e contam com a vergonha da maioria das vítimas em não procurar a Polícia." O delegado paulista de Presidente Venceslau, Edmar Caparroz, concorda com a expressiva subnotificação. Ele coordenou no Vale do Sinos, na manhã de terça, a Operação Pothos - nome alusivo ao deus grego da paixão, anseio e desejo. "A grande maioria dos casos não é registrada. Imagina um homem casado levar adiante. Ou dizer que perdeu o dinheiro da família por trocar nudes."
Para Caparroz, há fortes indícios de que as encenações para as vítimas paulistas foram feitas nas falsas delegacias de Novo Hamburgo. "Têm os mesmos ambientes e adereços, como canecas como logomarca da Polícia, banners."
O outro delegado paulista que participou da operação, Élisson Yukio Hasai, observa a retroalimentação do crime organizado. "O dinheiro arrecadado é aplicado na compra de drogas, armas, no financiamento de homicídios", exemplifica.
Responsável pela descoberta das falsas delegacias, o delegado da 1ª DP de Novo Hamburgo, Tarcísio Kaltbach, revela que, desde então, o órgão vem recebendo contatos de policiais e vítimas de vários estados. "Identificaram o cenário. Por um lado foi essencial para contribuir com várias investigações, mas, por outro, nos deixa tristes pela utilização e maculação da imagem da Polícia para aplicar golpes."
Como funciona
Os criminosos criam perfis falsos nas redes sociais, passando-se por jovens atraentes, para seduzir homens até convencê-los a praticar o chamado "sexo virtual", com troca de imagens íntimas. A ilusão do relacionamento acaba quando um bandido entra em contato, dizendo ser pai ou mãe da namorada fictícia, exigindo dinheiro para bancar tratamento psiquiátrico da filha, sob argumento de que ela é menor e entrou em depressão pela exposição.
O próximo passo é a intimação de falsos policiais, que cobram valores ainda mais altos para não prender o homem por pedofilia. A pressão psicológica aumenta na medida em que o extorquido é apontado como culpado do suicídio da garota. A quadrilha envia documentos falsificados como mandados de prisão e atestado de óbito, além de encenar velório.
Sedução, armadilha, prejuízo, mortes e prisões
A Polícia de Minas Gerais foi atrás de uma onda de golpe dos nudes no norte do Estado, quase na divisa com a Bahia, em julho do ano passado, e acabou desembocando em Novo Hamburgo. É para onde ia o dinheiro das vítimas. Caía nas contas bancárias de dois irmãos de um traficante do Vale do Sinos, que aprendeu no presídio e abriu uma espécie de empresa familiar de extorsão.
O grupo hamburguense arrecadou R$ 30 mil com um agricultor de 47 anos, morador de São João das Missões, e exigia valor parecido de um comerciário de 22 anos da cidade vizinha de Manga, às margens do Rio São Francisco. O jovem não aguentou a pressão psicológica e se matou em novembro. Investigador da DP de Manga Pedro Maciel frisa que a maioria das vítimas da região não procurou a Polícia por vergonha. Ele entrou em contato com a 1ª DP de Novo Hamburgo, que fez buscas, colheu provas e indiciou o trio por extorsão e estelionato. "Já tínhamos prendido esse indivíduo por tráfico de drogas aqui em Novo Hamburgo", conta o delegado Tarcísio Kaltbach.
Em novembro do ano passado, policiais civis paulistas prenderam um traficante em Taquara e apreenderam R$ 2 mil em dinheiro na cela de um preso em Charqueadas, além de celulares e documentos. "A vítima deles, um homem de 35 anos da cidade de Teodoro Sampaio, acabou cometendo o suicídio", recorda o delegado Edmar Caparroz, de Presidente Venceslau, no oeste de São Paulo.
Na manhã de 23 de novembro do ano passado, foi presa em casa, no bairro Primavera, em Novo Hamburgo, uma "atriz" do golpe dos nudes. A mulher de 45 anos interpretava a mãe da adolescente que tinha feito "sexo virtual" para apavorar os homens. "A gente tem dois vídeos que ela fez", declarou o delegado de Repressão aos Crimes Informáticos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), André Anicet.
No contexto da "atriz", havia encenação de depoimentos em delegacia e até do velório da adolescente fictícia, para dizer aos homens que ela tinha entrado em depressão e se matado em razão da exposição na internet. Os vídeos foram decisivos para extorquir vítimas em várias regiões do País.
Nos dias 27 e 29 de abril deste ano, Operação Teatro do Crime, da 1ª DP de Novo Hamburgo, chegou aos possíveis palcos da "atriz". Os agentes encontraram uma delegacia clandestina na Rua Sapiranga e outra na Rua José Aloísio Daudt. As réplicas de gabinetes policiais tinham banners de instituições de vários Estados e pilhas de documentos públicos falsificados, como boletins de ocorrência, depoimentos e certidões de óbito. Também um cadastro de homens de vários estados, de diferentes faixas etárias, que haviam caído no golpe. Houve três prisões e apreensão de 2,6 mil comprimidos de ecstasy.
No mesmo dia da descoberta da primeira falsa delegacia, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Leopoldo prendeu três laranjas do esquema, em São Leopoldo, Canoas, Três Coroas e Feliz. Segundo o delegado Ayrton Figueiredo Martins Júnior, o dinheiro da extorsão caía na conta bancária deles.
Na manhã de 10 de maio, uma operação do Deic na Penitenciária Modulada de Charqueadas mostrou que a facção do Vale do Sinos fez escola. Os presos possuíam ligação com catarinenses e tinham entre as vítimas um prefeito gaúcho. O delegado que coordenou a operação, Vinicios do Valle, não quis informar sequer a região do político nem mais detalhes sobre a quadrilha.
Oito policiais civis de São Paulo, em nova investida em solo gaúcho coordenada pelo delegado de Presidente Venceslau, Edmar Caparroz, montaram base em Novo Hamburgo, no domingo passado, para cumprir 11 mandados de busca na região. A operação, deflagrada com apoio da 1ª DP hamburguense na manhã de terça, tinha como principal alvo uma moradora de Campo Bom de 25 anos, esposa de um preso de 35 anos.
A mulher não foi encontrada, mas os agentes chegaram à casa da ex-mulher de um líder da facção Os Manos, transferido em 2018 para penitenciária federal do Rio Grande do Norte. A casa dela, no bairro Canudos, era ponto de conexão da internet com as vítimas de São Paulo. Ela foi ouvida e liberada. Em Parobé, foi presa uma mulher com farto material do golpe no celular. Uma das vítimas é um aposentado de 68 anos, de Presidente Venceslau, que deu R$ 104 mil por medo de ser preso por pedofilia.
E, na manhã de quinta, foi a vez da Polícia de Goiás montar operação com foco no Vale do Sinos. O alvo era célula criminosa que arrecadou um dos maiores valores já registrados. Conseguiu R$ 480.400,00 de um fazendeiro de 26 anos de Rio Verde (GO).
A principal prisão foi de uma manicure de 39 anos, na casa dela, no bairro Vila Diehl, em Novo Hamburgo. "Ela é a dona da internet utilizada na criação do perfil criminoso que trocou nudes com a vítima. É casada com um rapaz que está preso por tráfico de drogas", declarou o delegado Caio Martines. Foram ainda capturados quatro laranjas - duas mulheres, de 65 e 25 anos, encontradas no bairro Duque de Caxias, em São Leopoldo, e dois homens, de 51 e 28 anos, localizados no Centro de Taquara. "Cada um foi preso em sua casa. São os titulares das contas bancárias que receberam o dinheiro da vítima”, detalhou o delegado.
Programa de TV
A prática golpista que fez vítimas no Rio Grande do Sul e em todo o País virou tema de programa de TV. No episódio do Linha Direta do dia 25 de maio, a TV Globo aborda modalidade de crime que tem núcleos organizados no Vale do Sinos.
Duas operações interestaduais durante a semana levantaram novos indícios de complexa máquina do crime por trás do esquema, que movimenta milhões de reais e já resultou na morte de pelo menos duas vítimas. Presidiários ligados à facção Os Manos, do Vale do Sinos, são considerados os gestores. Ramificações no Vale do Paranhana e em outras cidades da região metropolitana também foram constatadas.
Coordenador da Operação Sem Fronteiras, na manhã de quinta-feira, o delegado de Repressão a Crimes Cibernéticos de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, Caio Martines, não hesitou em mencionar a origem de tudo. "Esse golpe é daí de Novo Hamburgo e São Leopoldo, mas a gente acredita que vai se espalhar entre criminosos do País, pela interação de presos e facções."