ONDA DE FRIO
Como frio extremo que congelou mar na Argentina irá chegar no RS
Frio extremo trará temperaturas negativas, geada e até as estradas podem congelar no RS
Última atualização: 27/06/2024 17:42
Partes da Argentina estão sofrendo com temperaturas extremamente baixas há dias. Recentemente, o mar em San Sebastián chegou a congelar enquanto os termômetros marcavam -15ºC no país.
Agora, a MetSul Meteorologia afirma que o ar gelado que atua nesta parte da América do Sul irá chegar no Brasil até este final de semana, trazendo temperaturas negativas, geada e até o congelamento das estradas para o Rio Grande do Sul. Mas como?
Como frio extremo irá chegar no RS?
A América do Sul, durante o outono e no começo deste inverno, está em um "dipolo de temperaturas", de acordo com os meteorologistas. Por muito tempo no Brasil, Paraguai e, por vezes no Norte da Argentina, as marcas foram excepcionalmente altas.
Enquanto isso, o Sul da Argentina e o Chile experenciam o oposto disso. Nos países, o outono está sendo "muito mais frio do que o normal na parte mais ao Sul do continente" e a quantidade de neve está "muito acima do habitual".
Na Patagônia da Argentina, onde o mar congelou, e na região meridional do Chile, em Magalhães, as temperatutas são de -10ºC a -15ºC há dias, causando nevascas e deixando pelo menos uma pessoa desaparecida.
Agora, a massa de ar gelado que está causando este frio extremo no Sul da América do Sul, será impulsionada para o Norte do continente por áreas de baixa pressão no oceano Atlântico Sul, "a Leste e Nordeste das Malvinas", conforme a MetSul.
Esse ar frio irá viajar com trajetória continental, "ou seja, que avança pelo interior do continente, o que provoca resfriamento em uma extensa área da América do Sul". Não apenas o RS será afetado, mas também quatro das cinco regiões do Brasil.
Porque o mar congelou na Argentina
Desde a semana passada, o Sul da Argentina e o Chile sofrem com as temperaturas baixas demais para a época. A união entre essas baixas temperaturas e uma "baixa ondulação por vento mais fraco” fez com que isso acontecesse, conforme a MetSul.
Apesar de não ser um fenômeno habitual na região, eles lembram que isso já aconteceu antes, há quase quatro anos.