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CATÁSTROFE NO RS

Como está Cruzeiro do Sul, a cidade que foi destruída pela enchente do Rio Taquari

Cenário é de devastação quase um mês depois da enxurrada histórica que matou ao menos 12 pessoas no município

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Publicado em: 25/05/2024 às 18h:30 Última atualização: 25/05/2024 às 18h:31
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Localizada à margem do Rio Taquari, Cruzeiro do Sul foi uma das cidades mais atingidas pela enchente histórica do início de maio no Vale do Taquari. Ao menos 12 pessoas morreram e bairros inteiros desapareceram do mapa. O Exército precisou usar blindados para ajudar na desobstrução de vias.

 

 



 

Quase um mês depois, o cenário é de devastação na cidade, que aos poucos vai tentando se reerguer. Ainda se encontra ruas com muito entulho, carros virados e totalmente sujos de lama, casas deslocadas pela água e outras tantas que viraram amontoados de tijolos apenas.

Após o susto causado pela evacuação preventiva de dezenas de famílias no meio da semana, neste sábado (25) e domingo (26) o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) está restringindo o acesso à cidade para afugentar os curiosos apelidados de “turistas de enchente”.

“O objetivo é evitar a vinda de curiosos que acabam atrapalhando o trabalho das equipes que estão fazendo a limpeza da cidade e distribuição de alimentos e donativos”, informou a Prefeitura local. “Voluntários e doações serão direcionados pelas autoridades”, acrescenta o Executivo em nota divulgada nesta sexta-feira (24).

Neste sábado a comunidade de Nossa Senhora de Fátima, na localidade de Passo de Estrela, se reuniu para um mutirão emblemático. Em meio a orações, os moradores retiraram a imagem da padroeira dos destroços deixados pela enchente do início de maio. O prédio tinha 70 anos e, nesse tempo, resistiu a inúmeras cheias do Rio Taquari.

A imagem de aproximadamente quatro metros de altura, considerando a base, estava no topo da igreja levada pela enchente. Foi o que sobrou do prédio. A imagem foi levada para local seguro, onde será restaurada. “Depois vai retornar para o lugar onde era a igreja. Ali será feito um monumento às pessoas que moravam em Passo de Estrela e também às que morreram”, disse ao jornal A Hora o padre Ezequiel Perin.

Estragos em Cruzeiro do Sul chamaram atenção do mundo

A dimensão dos estragos em Cruzeiro do Sul ganhou repercussão nacional e internacional. Agências internacionais de notícias enviaram correspondentes à cidade.

Especializada na produção de conteúdos de meteorologia no Rio Grande do Sul há 30 anos, a MetSul informou que “jamais havia observado um nível de destruição igual”, referindo-se a Cruzeiro do Sul depois que a cheia do Rio Taquari baixou.

“Das casas somente sobraram os assoalhos e em algumas até o piso já não existe mais. As imagens dos danos da enchente recordam obliteração catastrófica por tornados e furacões de categoria 5, o máximo das escalas dos fenômenos, com ventos de 300 km/h a 400 km/h”, escreveram os meteorologistas da MetSul.

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