ESTIAGEM
Com nível do Sinos em 79 centímetros, Semae faz apelo por uso racional da água
Nível do Rio dos Sinos segue bem abaixo do considerado normal, que é entre 2 metros e 2,50 metros
Última atualização: 22/01/2024 10:49
Com o verão e a estiagem, o Rio dos Sinos continua com o nível abaixo do esperado. O Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae), divulgou que, na terça-feira (24), o nível de captação em São Leopoldo, às 13 horas, estava em 79 centímetros. Essa situação está abaixo da normalidade, que é entre 2 metros e 2,50 metros. A situação não parece melhorar e gera preocupação na comunidade e nas autoridades locais.
De acordo com o Semae, como está estabilizado o nível do Rio dos Sinos, a operação está funcionando normalmente, com vazão de 1000 litros d'água por segundo. "Estamos com uma campanha de conscientização sobre o uso racional da água no período de estiagem. Nos preocupa se o nível baixar de 1 m, mas mesmo assim, possuímos tecnologia para captar a água. Por enquanto não há previsão de racionamento, mas se o nível do rio baixar drasticamente, uma nova avaliação será feita".
O prefeito de São Leopoldo, Ary José Vanazzi, visitou juntamente com a comitiva composta por representantes da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Semov), Secretaria Municipal de Mobilidade e Serviços Urbanos (Semurb), das subprefeituras e do Semae, a beira do rio na quarta-feira (18).
"Estamos fazendo um alerta. É importante fazer o uso racional da água, pois o nível do rio está mais de 60 dias muito baixo e ele não está dando sinais de recuperação. Não temos problema de distribuição de água, mas a dificuldade de captação de água tem se agravado a cada dia que passa. Por isso, estamos com a campanha de uso racional da água, para que não tenhamos nenhum problema mais grave daqui para frente. Enquanto o Estado não fizer ações de longo prazo, vamos ter esse problema todo verão, infelizmente", disse o prefeito.
Atitudes que fazem a diferença
Para a funcionária pública de São Leopoldo, de 60 anos, Joice Rosa Silveira, é fundamental manter atitudes simples na rotina para evitar o desperdício deste recurso tão importante e essencial. “Não deixo a torneira ligada enquanto lavo a louça, também não deixo nada ligado se não estou usando, nesse aspecto eu sempre fui consciente. Eu lavo a roupa uma vez por semana e não limpo a calçada com mangueira. Tenho preocupação que tenha racionamento”, enfatiza ela.
É preciso ter atitudes de consciência com o uso da água, especialmente neste período de intensa estiagem em todo o Estado, causado pelo fenômeno climático La Ninã. No momento atual, o Rio dos Sinos apresenta bancos de areia, como consequência da baixa no abastecimento.
Dicas para economizar água
Com a alta da temperatura e a baixa do nível do Rio dos Sinos, é necessário lembrar da importância do uso racional da água neste período do ano. Economizar a água é uma atitude que beneficia a todos os cidadãos. O Semae fornece dicas práticas para a população leopoldense sobre como economizar água no cotidiano, com pequenas atitudes que fazem uma grande diferença no coletivo. Entre as medidas, ao tomar banho, feche o chuveiro para se ensaboar. Isso gera uma economia de até 60 litros de água.
Lave o carro com o balde e não com a mangueira, ou opte pela lavagem ecológica. Em 30 minutos, é possível ter uma economia de 520 litros de água. Sempre lembre de fechar a torneira para lavar a louça. Se ficar com ela ligada, por apenas 15 minutos, é equivalente a um total de 120 litros. Tenha, se possível, um reservatório em casa, pois ele é fundamental para situações extremas.
Comunidade pensa nas próximas gerações
No período de seca, é ainda mais imprescindível manter um cuidado com o uso racional da água e pensar em estratégias para reduzir o impacto no meio ambiente e por consequência, na vida em sociedade. Nesse momento é importante posturas voltadas para garantir um ambiente mais sustentável e que vai beneficiar todos.
A aposentada e moradora do bairro Rio dos Sinos, Marfisa da Silva, de 67 anos, pensa não apenas na possibilidade de racionamento agora, com algum tipo de medida para interromper o abastecimento e forçar a economia de água, mas sobre o futuro das próximas gerações.
“Lavo com o mínimo de água na máquina e uso depois nas lajotas da minha casa. Se eu estou sozinha, lavo as minhas roupas na mão. Tenho consciência que os netos dos meus netos não vão ter água, do jeito que andam as coisas. Tenho um vizinho que enche uma piscina de 5 mil litros, esvazia e enche tudo de novo no outro dia. Tem tanta gente que não tem um centavo para comer, no futuro não vão ter nem dinheiro para poder tomar água, se continuar nesse ritmo”, completa ela.
Com o verão e a estiagem, o Rio dos Sinos continua com o nível abaixo do esperado. O Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae), divulgou que, na terça-feira (24), o nível de captação em São Leopoldo, às 13 horas, estava em 79 centímetros. Essa situação está abaixo da normalidade, que é entre 2 metros e 2,50 metros. A situação não parece melhorar e gera preocupação na comunidade e nas autoridades locais.
De acordo com o Semae, como está estabilizado o nível do Rio dos Sinos, a operação está funcionando normalmente, com vazão de 1000 litros d'água por segundo. "Estamos com uma campanha de conscientização sobre o uso racional da água no período de estiagem. Nos preocupa se o nível baixar de 1 m, mas mesmo assim, possuímos tecnologia para captar a água. Por enquanto não há previsão de racionamento, mas se o nível do rio baixar drasticamente, uma nova avaliação será feita".
O prefeito de São Leopoldo, Ary José Vanazzi, visitou juntamente com a comitiva composta por representantes da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Semov), Secretaria Municipal de Mobilidade e Serviços Urbanos (Semurb), das subprefeituras e do Semae, a beira do rio na quarta-feira (18).
"Estamos fazendo um alerta. É importante fazer o uso racional da água, pois o nível do rio está mais de 60 dias muito baixo e ele não está dando sinais de recuperação. Não temos problema de distribuição de água, mas a dificuldade de captação de água tem se agravado a cada dia que passa. Por isso, estamos com a campanha de uso racional da água, para que não tenhamos nenhum problema mais grave daqui para frente. Enquanto o Estado não fizer ações de longo prazo, vamos ter esse problema todo verão, infelizmente", disse o prefeito.
Atitudes que fazem a diferença
Para a funcionária pública de São Leopoldo, de 60 anos, Joice Rosa Silveira, é fundamental manter atitudes simples na rotina para evitar o desperdício deste recurso tão importante e essencial. “Não deixo a torneira ligada enquanto lavo a louça, também não deixo nada ligado se não estou usando, nesse aspecto eu sempre fui consciente. Eu lavo a roupa uma vez por semana e não limpo a calçada com mangueira. Tenho preocupação que tenha racionamento”, enfatiza ela.
É preciso ter atitudes de consciência com o uso da água, especialmente neste período de intensa estiagem em todo o Estado, causado pelo fenômeno climático La Ninã. No momento atual, o Rio dos Sinos apresenta bancos de areia, como consequência da baixa no abastecimento.
Dicas para economizar água
Com a alta da temperatura e a baixa do nível do Rio dos Sinos, é necessário lembrar da importância do uso racional da água neste período do ano. Economizar a água é uma atitude que beneficia a todos os cidadãos. O Semae fornece dicas práticas para a população leopoldense sobre como economizar água no cotidiano, com pequenas atitudes que fazem uma grande diferença no coletivo. Entre as medidas, ao tomar banho, feche o chuveiro para se ensaboar. Isso gera uma economia de até 60 litros de água.
Lave o carro com o balde e não com a mangueira, ou opte pela lavagem ecológica. Em 30 minutos, é possível ter uma economia de 520 litros de água. Sempre lembre de fechar a torneira para lavar a louça. Se ficar com ela ligada, por apenas 15 minutos, é equivalente a um total de 120 litros. Tenha, se possível, um reservatório em casa, pois ele é fundamental para situações extremas.
Comunidade pensa nas próximas gerações
No período de seca, é ainda mais imprescindível manter um cuidado com o uso racional da água e pensar em estratégias para reduzir o impacto no meio ambiente e por consequência, na vida em sociedade. Nesse momento é importante posturas voltadas para garantir um ambiente mais sustentável e que vai beneficiar todos.
A aposentada e moradora do bairro Rio dos Sinos, Marfisa da Silva, de 67 anos, pensa não apenas na possibilidade de racionamento agora, com algum tipo de medida para interromper o abastecimento e forçar a economia de água, mas sobre o futuro das próximas gerações.
“Lavo com o mínimo de água na máquina e uso depois nas lajotas da minha casa. Se eu estou sozinha, lavo as minhas roupas na mão. Tenho consciência que os netos dos meus netos não vão ter água, do jeito que andam as coisas. Tenho um vizinho que enche uma piscina de 5 mil litros, esvazia e enche tudo de novo no outro dia. Tem tanta gente que não tem um centavo para comer, no futuro não vão ter nem dinheiro para poder tomar água, se continuar nesse ritmo”, completa ela.