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AMOR AOS BICHOS

Com menos de um salário, diarista sobrevive com mais de 30 cães resgatados em Canoas

Protetora de animais recolhidos de abandono e maus-tratos necessita de ajuda

Taís Forgearini
Publicado em: 06/02/2023 às 09h:51 Última atualização: 23/01/2024 às 13h:42
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A diarista e protetora dos animais Maria Iara Oliveira da Silva, de 59 anos, convive com cerca de 30 cães e cinco gatos em sua casa, no bairro Guajuviras. Com uma renda fixa inferior a um salário mínimo, a canoense conta que já deixou de se alimentar para não deixar os animais que recolhe sem ter o que comer.

Iara mora com os animais em uma casa de três cômodos



Iara mora com os animais em uma casa de três cômodos

Foto: Taís Fogearini – GES/Especial

A casa sem reboco com três cômodos e um banheiro em que Iara reside com os animais está com o piso danificado, o telhado possui furos, o recorte nas paredes ao invés de janelas tem no lugar materiais reciclados. Quando chove forte Iara tem mais dois problemas: conter a água das goteiras e da água que invade a casa pelos vãos da estrutura.

A falta de espaço e local adequado para abrigar os animais faz com que Iara ceda a própria casa para os mais de 30 animais morarem. “Sempre senti muito amor pelos animais. Me dói ver eles abandonados a própria sorte. Muitos aqui estão comigo desde que comecei a recolher, os cães mais velhos têm mais de 10 anos”, revela Iara.

A diarista conta que chegou a abrigar 45 cães. “Infelizmente, alguns morreram por doença. Foram poucos que tiveram a sorte de ter uma família só para eles”, desabafa.

De filhotes a idosos, de porte pequeno a porte grande, de vira-latas a cães com cruza de raças. Todos os cachorros recolhidos por Iara têm histórias tristes de abandono e/ou maus-tratos. “Algumas pessoas são tão cruéis que não basta não gostar de animal, precisa machucá-lo”, reflete a moradora do Guajuviras.

Para sobreviver e para cuidar dos animais Iara faz faxinas. “Tenho pouco estudo, mas sempre trabalhei. Quando era mais nova cheguei a trabalhar em loja de comércio, mas isso eram outros tempos, eu era jovem”, evidencia.

Para alimentar os animais duas vezes por dia, a protetora faz mistura de cortes de frango (que seriam descartados) com arroz. “Em um dos meus trabalhos como diarista, eles limpam frango. Eles me dão tudo que sobra. Isso tem matado a fome dos bichinhos”, ressalta.

Sem condições de comprar os oito sacos de 20kg de ração necessários para os animais, Iara também tem uma alimentação restrita. Ela conta que se alimenta basicamente de pão, bolacha, ovo e arroz.

Formas de ajudar

A vendedora e protetora de animais, Paola Alves Saldivia, de 27 anos, conheceu Iara em uma ação de resgaste ano passado. “Fiquei muito sensibilizada com toda essa situação em que a Iara sobrevive. Tenho ajudado no que posso, mas ainda está longe de ser o suficiente”, explica.

Paola montou uum campanha para arrecadar fundos para a construção de uma casa e um canil no pátio de Iara. “Qualquer tipo de ajuda será muito bem-vinda”. Interessados em ajudar podem entrar em contato pelo (51) 99162.1644 (com Paola) ou pelo Instagram:@protetorapaola. Chave Pix: p.saldivia@hotmail.com

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