CULTURA

Colônia japonesa tem programação especial para celebrar 57 anos

Evento terá venda de produtos típicos orientais, apresentações, exposição de fotos, artesanato, bonsai, kendô, dança, tambores, oficina de origami e artes marciais

Publicado em: 15/12/2023 07:00
Última atualização: 15/12/2023 10:02

Quem visita a Feira e o Memorial na Colônia Japonesa, em Ivoti, fica curioso em saber como os japoneses chegaram ao Rio Grande do Sul e escolheram essa cidade para viver. Por isso, quem ir domingo (17), na Rua Sakura, poderá fazer parte de uma programação especial desenvolvidas por gerações de imigrantes japoneses.

A feira, das 9 às 17 horas, será em alusão aos 57 anos da Colônia Japonesa, comemorados na quarta-feira (20). "Todos que são descendentes de japoneses se sentem honrados em poder comemorar o dia da fundação da Colônia Japonesa de Ivoti e confraternizar com todos que se fizerem presentes no dia 17 de dezembro", declara o sociólogo Marco Ushida.

O evento, que ocorrerá mesmo em caso de chuva, conta com comidas típicas japonesas, artesanato, atrações culturais, bonsai, produtos japoneses e coloniais. "Sempre tentamos manter viva a tradição e a feira tem cliente fiel, faça chuva, faça sol, calor ou frio. Fico contente com o resultado", declara o presidente da Feira, André Hayashi.

A programação cultural deste domingo contará com exposição de fotos da comunidade japonesa no Estado, Rádio Taiso, pintura com papel rasgado e amassado, apresentações de kendô, coral de idosos e imigrantes japoneses, dança shinsei, tambores japoneses, oficina de origami, defesa pessoal para mulheres e karatê.

No Memorial da Colônia Japonesa, a agricultora aposentada Tazuko Arima, 76 anos, ainda preserva o idioma. Ela vive na Colônia há 46 anos, casou no Brasil e hoje está viúva, tem dois filhos, e por anos plantou uva. Atualmente dedica-se à arte do kiriê, técnica que, após recorte de papel colorido, é feita montagem sobre papel branco. Quem visitar o evento terá a oportunidade de conhecer esse trabalho e de outros imigrantes no Memorial.


No Memorial da Colônia Japonesa, a agricultora aposentada, Tazuko Arima, 76 anos, ainda preserva o idioma Foto: Susi Mello/Ges-Especial

O agricultor Paulo Toshio Tanaka chegou na Colônia em 1971. "Na Colônia está aumentando bastante o interesse com a cultura japonesa, tanto que na escola de língua japonesa, a professora tem mais alunos que não são descendentes japoneses. Isso é muito é gratificante a nós porque se vê essa valorização", salienta.

Além do mais, frisa, a feira tem atraído cada vez mais pessoas e a expectativa é oferecer mais atividades para aumentar o número de pessoas adeptas à cultura e à filosofia de vida dos japoneses.

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