Claudio Strassburger: "A paixão dele por sapato passou para toda a família", conta neta

A despedida do empresário e ex-político Claudio Strassburger segue até as 16 horas desta quinta-feira (2), na Câmara de Vereadores de Campo Bom. A cerimônia é marcada por lembranças de familiares e amigos. Ao reviver as memórias da convivência com Strassburger, que faleceu na última quarta-feira (1º), a tristeza dá lugar aos sorrisos.

A neta Rebeca Strassburger Scheffel, 39 anos, herdou do avô a paixão e vocação para o setor calçadista. "Ele sempre esperava eu voltar das feiras calçadistas de São Paulo. Ele ficava sentadinho, no canto, com vinho e chocolate e não me deixava dormir sem antes contar como tinha sido a feira. Era como um ritual nosso. Mesmo não estando mais neste mundo do calçado ele queria estar junto, fazia parte", lembra com carinho a gerente comercial da Arezzo.

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O amor pelo sapato passou também para a filha de Rebeca, a Francesca, de 6 anos. "Essa paixão passou para toda a família. Minha filha participa de um projeto do colégio Pio XII, em que eles estão desenvolvendo a prototipagem do calçado e o Senai vai materializar e foi ela quem instigou os colegas. A turma dela construiu uma esteira de sapato dentro da sala de aula. Inclusive, o nome dela é por conta de uma marca de calçado que meu avô tinha", conta Rebeca.

As netas Brenda Strassburger Scheffel, 30 anos, que é medica veterinária, e a empreendedora da área da moda, Pietra Strassburger Scheffel, 35, também falaram sobre o convívio com o avô. "Ficávamos horas conversando. Ele contava sobre a vida, viagens, trabalho. E não só falava. Ele ouvia, havia muita troca. E ele sempre estimulou muito as mulheres, na família e dentro das empresas dele. Mesmo naquela época ele já tinha esta visão", diz Pietra.

"Tanto de coisas que ele fez em 95 anos. No calçado, ele criava cavalos. A paz pra ele era estar em cima do cavalo 49. Ele sempre preocupado com os bichos. Ele era extremamente inteligente, a gente conversava sobre tudo" , lembra Brenda.

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Strassburger morreu no início da noite de quarta-feira, em um hospital de Novo Hamburgo. A prefeitura de Campo Bom declarou luto oficial de três dias. Ele deixa os filhos Carlos, Oscar, Vitoria e Carmen, a esposa Nais Ritzel Strassburger (em memória), netos, bisnetos e nora.

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O empresário foi um dos pioneiros da exportação dos calçados gaúchos. Ele foi um dos idealizadores e primeiro presidente do IBTeC. Também foi vice-governador na chapa do PDS encabeçada por Jair Soares, que venceu as eleições de 1982. Eel ainda atuou como deputado federal e secretário estadual de Indústria e Comércio. Entidades e personalidades lamentaram a partida.