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DENGUE: Cidades gaúchas devem acelerar tratamento para conter a doença; entenda

Secretaria estadual orienta investir em cuidados e não testes rápidos

Eduardo Amaral
Publicado em: 26/03/2024 às 12h:00 Última atualização: 26/03/2024 às 12h:25
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O alerta para a dengue soou ainda mais alto nesta segunda-feira (25), quando o Rio Grande do Sul alcançou a marca de 40 mortes em razão da doença. Entre os três novos casos confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) está o de uma mulher de Novo Hamburgo, que morreu na última quinta-feira (21).

Municípios debateram a saúde na região | abc+



Municípios debateram a saúde na região

Foto: PMNH/Divulgação

A vítima hamburguense era uma idosa de 78 anos que tinha um quadro de comorbidades. Além dela, a SES também confirmou a morte de mais duas pessoas na região Norte do Estado. Uma mulher de 74 anos, moradora de Frederico Westphalen, e um homem de 68, que residia em Cruz Alta, ambos com comorbidades.

Reunião

Nesta segunda, secretários de Saúde da região 7, integrantes da Associação dos Municípios do Vale Germânico (Amvag), se reuniram com técnicos da SES para tratar sobre o tema.

O encontro ocorreu de forma hibrida, com alguns representantes dos municípios presentes no Espaço Cultural Pastor Wartenberg, em Nova Hartz, e outros participando de forma remota.

A principal reivindicação dos gestores municipais era por mais testes rápidos para detecção de dengue. Contudo, segundo os próprios técnicos da SES, os mesmos não são a medida mais eficiente para o combate à doença. “Eles [os testes] não são muito assertivos e estão tendo dificuldade em ter um resultado correto e a dengue é muito rápida. Em quatro dias a dengue avançou muito”, explica o presidente da Amvag e prefeito de Araricá, Flávio Foss.

De acordo com Foss, a principal orientação dada aos municípios é a de começar o tratamento o mais rápido possível. “Ao aparecerem os sintomas, comecem a tratar e façam exames laboratoriais com urgência para detectar se está ou não com a doença ao invés do teste rápido.”

Atenção em dose dupla

Foss é otimista e lembra que durante o período do inverno a situação deve amenizar a proliferação do mosquito, contudo as cidades já começam a sentir os efeitos dos aumentos de casos de doenças respiratórias. É justamente a junção dos dois quadros que aumenta a preocupação. “A gente está tendo aumento de casos e isso já está preocupando as cidades, especialmente cidades menores, que estão com mais demanda em postos”, destaca o prefeito.

Assim, mesmo com queda nas temperaturas e redução na população de mosquitos, os cuidados devem se manter. Por isso a principal orientação é não deixar água parada onde os mosquitos possam depositar seus ovos.

População em alerta

Mesmo sem os testes rápidos, os gestores municipais acreditam ainda ter espaço para melhorar o atendimento na rede pública. “Ainda há margem para aprimorar o atendimento em diversas áreas dentro da comunidade. Por isso, convocamos esta reunião adicional com representantes e secretários dos municípios vizinhos, a fim de encaminhar essas demandas ao governo estadual e assim melhorar ainda mais o atendimento prestado”, explica o secretário de Saúde de Nova Hartz, Neri Chicatto.

Foss lembra ainda que a prevenção ainda é a melhor forma de evitar a doença, o que só é possível combatendo o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. “A população tem que colaborar. Essa epidemia pertence a cada um de nós, a cada cidadão, independente de classe social, cada um tem que colaborar para ajudar a evitar isso”, reforça o prefeito.

O sentimento de coletividade é apontado por Foss como fundamental neste momento de combate ao mosquito. “Cada um vai ter que fazer a sua parte em cada casa. Cuidando se não tem restinho de água nos fundos, em um pneu velho. Se na frente de casa tem um poço que é do vizinho, ajuda a cuidar, porque é nosso, é a saúde popular, não é a saúde tua, é a de toda a população”, lembra o prefeito.

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