MICROEXPLOSÃO
Cidades do Paranhana e do Caí calculam prejuízos e focam na reconstrução após tempestades
Harmonia e Taquara se reorganizam após temporais recentes. Ambas decretaram situação de emergência
Última atualização: 22/01/2024 13:53
As cidades de Taquara, no Vale do Paranhana, e Harmonia, no Vale do Caí, que passaram por estragos devido a microexplosão climática nos dias 26 e 28 de janeiro, respectivamente, trabalham para reconstruir locais atingidos. O fenômeno também chamado de downburst destelhou casas e prédios públicos, derrubou árvores e deixou moradores sem energia elétrica por várias horas. Ambas as cidades decretaram situação de emergência.
Na cidade do Vale do Paranhana, o secretário de Meio Ambiente, Defesa Civil e Causa Animal, Matheus Modler, diz que nesta sexta-feira (3) serão emitidos os pareceres finais do decreto de situação de emergência para Brasília. "Ou seja, referentes à população afetada, danos materiais, danos comerciais, danos humanos e valores empreendidos pelo município."
Nesta semana, a Defesa Civil entregou 300 telhas para os moradores de baixa renda, além de alimentos e produtos de limpeza arrecadados na sede do órgão municipal. O ponto de coleta para doações fica na Rua Coronel Evaristo, 1.440, no Centro de Taquara. "Contamos com a solidariedade de todos para ajudar os que mais necessitam.", destaca a prefeita Sirlei Silveira.
Em Harmonia, laudo descrito pela Secretaria Municipal de Agricultura, com o apoio do escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), aponta que o vendaval gerou um prejuízo de mais de R$ 7,5 milhões somente no setor primário de Harmonia. Além disso, se somados os prejuízos em residências na área rural, os prejuízos passam de R$ 10 milhões.
Somente nas lavouras, onde se perderam produções de milho, citros e eucalipto, foram R$ 3,1 milhões de prejuízos. Além disso, entre maquinários, galpões e estufas, a estimativa é de uma perda de R$ 1,4 milhão. Já na criação de frangos e gado de corte, o que envolve a queda e destelhamento de galpões, o prejuízo é de aproximadamente R$ 3 milhões.
Segundo o secretário de Agricultura de Harmonia, Antonio Kunzler, mais de 50 propriedades rurais foram atingidas. "Estamos auxiliando todos os agricultores. Com o decreto de situação de emergência é possível que consigamos auxiliar a prorrogação de financiamentos e taxas diferenciadas para famílias afetadas."
Centro já tem 'ar de limpeza'
Assim como Taquara, Harmonia teve prédios públicos e casas atingidos. No entanto, o coordenador da Defesa Civil, Jair Ruschel, informa que a Avenida 25 de Julho, no Centro, já tem ar de limpeza.
A energia foi 100% restabelecida na tarde da última segunda-feira, as árvores caídas foram recolhidas, lonas foram distribuídas até o meio da semana, e ainda há serviço de retiradas de galhos sobre casas. "Todos pegaram junto para realizar a limpeza", comenta.
O prédio do ginásio, que foi totalmente abaixo, aguarda a limpeza dos escombros. Segundo a diretora da Escola Jacob Hoff, Veranice Schneider, na próxima segunda-feira, uma reunião será feita com o Círculo de Pais e Mestres (CPM) da escola para buscar formas de conseguir mais recursos.
A campanha da prefeitura para auxiliar na reconstrução da escola já angariou mais de R$ 5,4 mil e a engenharia da administração busca formas de conseguir manter as arquibancadas. A ideia é que até o início do ano letivo, no dia 23 de fevereiro, o local esteja totalmente limpo.
Semana de recomeço e trabalho em Taquara
A semana foi de trabalho para uma família do Morro da Cruz, em Taquara. A dona de casa Maria Eduarda Naibert de Souza, 21, e seu marido, que está desempregado, Sirinei Júnior Mello, 20, presenciaram o destelhamento da casa.
No momento do temporal, o casal, seus filhos, Isabelly Naibert de Souza Rodrigues e Kaio Junior Naibert de Souza Mello, de 2 anos e 10 meses, respectivamente, sua cunhada, cunhado e sua avó, estavam em casa.
"Foi um choque, um desespero", lembra Maria Eduarda. Na quinta-feira, eles limpavam o pátio da casa que está recebendo suas primeiras telhas. Desde o ocorrido, a família está na casa de parentes e deve levar mais duas semanas para retornar.
O secretário Modler acrescenta que, em menos de 24 horas da tempestade, mais de 80% da cidade estava "restabelecida". "Tivemos contratação de empresa para a sucção de lodo, limpeza da via pública e hidrojateamento. Tivemos distribuição por várias frentes de servidores, que entregaram cestas básicas, telhas e lonas", destaca.
As cidades de Taquara, no Vale do Paranhana, e Harmonia, no Vale do Caí, que passaram por estragos devido a microexplosão climática nos dias 26 e 28 de janeiro, respectivamente, trabalham para reconstruir locais atingidos. O fenômeno também chamado de downburst destelhou casas e prédios públicos, derrubou árvores e deixou moradores sem energia elétrica por várias horas. Ambas as cidades decretaram situação de emergência.
Na cidade do Vale do Paranhana, o secretário de Meio Ambiente, Defesa Civil e Causa Animal, Matheus Modler, diz que nesta sexta-feira (3) serão emitidos os pareceres finais do decreto de situação de emergência para Brasília. "Ou seja, referentes à população afetada, danos materiais, danos comerciais, danos humanos e valores empreendidos pelo município."
Nesta semana, a Defesa Civil entregou 300 telhas para os moradores de baixa renda, além de alimentos e produtos de limpeza arrecadados na sede do órgão municipal. O ponto de coleta para doações fica na Rua Coronel Evaristo, 1.440, no Centro de Taquara. "Contamos com a solidariedade de todos para ajudar os que mais necessitam.", destaca a prefeita Sirlei Silveira.
Em Harmonia, laudo descrito pela Secretaria Municipal de Agricultura, com o apoio do escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), aponta que o vendaval gerou um prejuízo de mais de R$ 7,5 milhões somente no setor primário de Harmonia. Além disso, se somados os prejuízos em residências na área rural, os prejuízos passam de R$ 10 milhões.
Somente nas lavouras, onde se perderam produções de milho, citros e eucalipto, foram R$ 3,1 milhões de prejuízos. Além disso, entre maquinários, galpões e estufas, a estimativa é de uma perda de R$ 1,4 milhão. Já na criação de frangos e gado de corte, o que envolve a queda e destelhamento de galpões, o prejuízo é de aproximadamente R$ 3 milhões.
Segundo o secretário de Agricultura de Harmonia, Antonio Kunzler, mais de 50 propriedades rurais foram atingidas. "Estamos auxiliando todos os agricultores. Com o decreto de situação de emergência é possível que consigamos auxiliar a prorrogação de financiamentos e taxas diferenciadas para famílias afetadas."
Centro já tem 'ar de limpeza'
Assim como Taquara, Harmonia teve prédios públicos e casas atingidos. No entanto, o coordenador da Defesa Civil, Jair Ruschel, informa que a Avenida 25 de Julho, no Centro, já tem ar de limpeza.
A energia foi 100% restabelecida na tarde da última segunda-feira, as árvores caídas foram recolhidas, lonas foram distribuídas até o meio da semana, e ainda há serviço de retiradas de galhos sobre casas. "Todos pegaram junto para realizar a limpeza", comenta.
O prédio do ginásio, que foi totalmente abaixo, aguarda a limpeza dos escombros. Segundo a diretora da Escola Jacob Hoff, Veranice Schneider, na próxima segunda-feira, uma reunião será feita com o Círculo de Pais e Mestres (CPM) da escola para buscar formas de conseguir mais recursos.
A campanha da prefeitura para auxiliar na reconstrução da escola já angariou mais de R$ 5,4 mil e a engenharia da administração busca formas de conseguir manter as arquibancadas. A ideia é que até o início do ano letivo, no dia 23 de fevereiro, o local esteja totalmente limpo.
Semana de recomeço e trabalho em Taquara
A semana foi de trabalho para uma família do Morro da Cruz, em Taquara. A dona de casa Maria Eduarda Naibert de Souza, 21, e seu marido, que está desempregado, Sirinei Júnior Mello, 20, presenciaram o destelhamento da casa.
No momento do temporal, o casal, seus filhos, Isabelly Naibert de Souza Rodrigues e Kaio Junior Naibert de Souza Mello, de 2 anos e 10 meses, respectivamente, sua cunhada, cunhado e sua avó, estavam em casa.
"Foi um choque, um desespero", lembra Maria Eduarda. Na quinta-feira, eles limpavam o pátio da casa que está recebendo suas primeiras telhas. Desde o ocorrido, a família está na casa de parentes e deve levar mais duas semanas para retornar.
O secretário Modler acrescenta que, em menos de 24 horas da tempestade, mais de 80% da cidade estava "restabelecida". "Tivemos contratação de empresa para a sucção de lodo, limpeza da via pública e hidrojateamento. Tivemos distribuição por várias frentes de servidores, que entregaram cestas básicas, telhas e lonas", destaca.