Após 10 meses interditada, a ciclovia da Avenida Nações Unidas, em Novo Hamburgo, foi reaberta após a conclusão das obras emergenciais de reparo. O trecho entre a Avenida Primeiro de Março e a Rua Cinco de Abril havia sido fechado em dezembro do ano passado devido a erosões que comprometiam a segurança do pavimento.
CLIQUE AQUI E INSCREVA-SE NA NOSSA NEWSLETTER
CONFIRA O VÍDEO: Jornal NH testa ciclovia de Novo Hamburgo e conta oito buracos em 2,5 quilômetros
A obra, realizada pela Prefeitura de Novo Hamburgo por meio da Secretaria Municipal de Obras Públicas, Serviços Urbanos e Viários (Semopsu), foi concluída na segunda-feira (28). Com isso, os obstáculos que impediam o uso do espaço e os gradis de proteção que sinalizavam os buracos foram recolhidos. Segundo a secretária Greyce da Luz, a pintura dos locais onde foram realizados os reparos será finalizada nos próximos dias.
Nesta quarta-feira (30), os ciclistas voltaram a aproveitar a ciclovia no trecho. A interdição da ciclovia ao longo dos últimos meses forçou ciclistas e pedestres a buscarem rotas alternativas, aumentando o tempo de percurso e expondo os usuários a áreas de trânsito intenso.
Impacto na mobilidade
A reabertura traz alívio para aqueles que dependem da via para deslocamento e lazer, como a aposentada Miriam Gomes Russo, 71 anos, que pedala diariamente para exercitar o corpo. “Os motoristas não respeitam os ciclistas, por isso, andar pela rua, dividindo espaço com os carros, é perigoso. Agora está melhor, a ciclovia é o único lugar que temos para andar de bicicleta”, afirma.
SAIBA MAIS: Saiba como está a criança de 2 anos ferida em acidente provocado por foragido em fuga
Juan Ledesma, 74, acompanha Miriam nos pedais diários e também comemora a conclusão dos reparos na ciclovia, embora critique a demora para a realização da manutenção do espaço. “Interditaram e pronto, depois ficaram um tempão discutindo quem deveria fazer o conserto. Milagrosamente, uma semana antes das eleições, iniciaram as intervenções para resolver o problema. Pelo menos, voltamos a ter a ciclovia sem buracos”, dispara.
Ledesma defende que a prefeitura mantenha um olhar especial e rotineiro à ciclovia. “Que a prefeitura lembre que este é um passeio [público] municipal, e não da Trensurb. A Trensurb não está nem aí com os problemas da ciclovia”, finaliza.
Disputa judicial definiu responsabilidades
A ciclovia é de domínio da Trensurb, empresa pública responsável pelo transporte ferroviário e pelas áreas anexas. No entanto, a Prefeitura foi à Justiça para definir a responsabilidade sobre os reparos, uma vez que a Trensurb não realizou a manutenção do trecho.
Em novembro de 2022, a administração municipal entrou com uma ação na Justiça Federal pedindo que a empresa fosse responsabilizada pela manutenção. Em resposta, a Justiça autorizou que o município realizasse as obras necessárias, com a possibilidade de cobrar os custos posteriormente. “Estamos agora consolidando os custos da obra para formalizar a cobrança junto à Trensurb, como definido em acordo judicial”, afirmou Greyce.
LEIA TAMBÉM