O ciclone extratropical que vai se formar no Rio Grande do Sul neste Natal destoa do cenário mais comum. De acordo com a MetSul Meteorologia, embora esse tipo de fenômeno possa acontecer em qualquer época do ano, neste período é menos provável que se formem nas latitudes do Estado, como é o caso.
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Apesar de mais raros, essa não é uma situação inédita: há 28 anos, um vórtice ciclônico atingiu o continente e foi responsável por volumes extremos de chuva no Leste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, causando graves consequências.
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“O que vai ocorrer agora? Uma área de baixa pressão avança entre a madrugada e manhã desta segunda-feira para o Rio Grande do Sul”, explicam os especialistas do site de meteorologia. “À tarde, a baixa pressão se aprofundará rapidamente na costa gaúcha e seguirá se intensificando à noite ainda a Leste do estado e do Uruguai, movendo-se para Leste.”
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Mas é na terça-feira (26) que o ciclone deve ganhar mais força. No entanto, ele já estará se distanciando do continente e no fim do dia estará longe da costa do Sul do Brasil. O fenômeno vai seguir para o mar aberto no Atlântico Sul, assim, sem oferecer riscos para a área continental.
Perigo dos temporais
Os temporais que estão previstos para acontecer durante a formação do ciclone é o que representa maior risco para a população, conforme análise feita pela MetSul. Na segunda-feira, há possibilidade de tempestades localmente severas com vendavais.
“Com a atmosfera aquecida sobre o Sul do Brasil, o risco de episódios de vento muito forte de curta duração aumenta ainda mais à medida que se espera a formação de uma linha de instabilidade que vai avançar pelo Sul do Brasil, Nordeste da Argentina e o Paraguai”, aponta a MetSul.
Desta forma, chuvas intensas em curto período e com acumulados muito altos, suficientes para causar alagamentos e inundações, devem atingir algumas cidades gaúchas. Mas, de modo geral, os volumes de chuva não devem ser muito altos, já que a instabilidade terá rápida passagem.
Ventos
Durante a atuação do ciclone, também haverá dois momentos de vento mais intensos. Durante a formação do fenômeno, é possível que sejam registrados vendavais na passagem de fortes áreas de instabilidade. Depois, quando ele já estiver na costa, ocorrerão rajadas intercaladas com ventos fracos a moderados.
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Assim, a tendência é que a segunda metade do dia de Natal tenha tempo ventoso em diversas regiões gaúchas. Na terça, o vento atuará com mais força, especialmente em pontos perto do oceano, como o litoral. Contudo, na maior parte do território gaúcho, o vento já estará mais calmo.
As rajadas de ventos ciclônicos, que sopram por mais horas, devem ser mais fortes no Sul e no Leste do Estado, com rajadas, podendo ficar, em média, de 60 a 80 quilômetros por horas. “Isoladamente, as rajadas podem ser mais fortes na costa e na Lagoa dos Patos”, destacam os profissionais da MetSul.
Estragos
O ciclone e as tempestades que acontecem neste Natal podem provocar estragos na região Sul do Brasil. Ainda, os ventos ciclônicos podem gerar transtornos, como cortes de energia e quedas de árvores
A MetSul orienta que a navegação deve ser evitada por conta do risco de naufrágio no Guaíba e na Lagoa dos Patos. Além disso, os especialistas destacam que entre terça e quarta-feira (27), o mar estará agitado no litoral do Sul brasileiro e haverá ressaca na costa, que poder ser forte.
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