ESTÁGIO ANTERIOR AO DE FURACÃO
TEMPESTADE TROPICAL: Akará se forma na costa do Rio Grande do Sul; saiba qual será a rota do fenômeno
Na primeira metade desta semana, a MetSul afirma que a tempestade Akará vai avançar no sentido Sul, a Leste do Sul do Brasil
Última atualização: 19/02/2024 19:07
O ciclone que atua na costa do Sul do Brasil, entre o Leste do Rio Grande do Sul e o litoral sul de Santa Catarina, se tornou uma tempestade tropical entre o fim de domingo e as primeiras horas desta segunda-feira (19). O fenômeno recebeu o nome de Akará.
A MetSul Meteorologia explica que episódios como esse são raros na costa do Brasil. Antes do atual, só foram registradas outras quatro tempestades tropicais. Em 2004, antes de ser um furacão, Catarina passou pelo estágio de tempestade tropical. Em 2010, ocorreu a tempestade Anita. Em março de 2021, aconteceu a Iba. Em fevereiro de 2021, um sistema que não foi nomeado pela Marinha do Brasil atuou sem causar danos.
Já em 2022, foi a última vez que um ciclone anômalo foi nomeado na costa brasileira. A Yakecan foi uma tempestade de natureza subtropical, que avançou a partir do Sul para a costa gaúcha e passou rente ao litoral, provocando estragos.
Conforme a MetSul, a Akará estava em intensificação na madrugada desta segunda na costa brasileira. De acordo com dados da agência climática dos Estados Unidos (NOAA), às 3 horas a tempestade estava em alto-mar, entre o litoral norte gaúcho e o litoral sul catarinense.
O fenômeno se intensificou de 2.0 para 2.5 na técnica de Dvorak de ciclones tropicais, o que fez com que o sistema fosse elevado de depressão subtropical para tempestade tropical. Um número 2.5 corresponde a ventos de 65 km/h. Se os ventos forem acima de 119 km/h, o sistema passa a ser designado como um furacão.
Rota da tempestade Akará
Na primeira metade desta semana, a MetSul afirma que a tempestade Akará vai avançar no sentido Sul, a Leste do Sul do Brasil. A previsão é que a tempestade atípica permaneça em mar aberto e não toque a terra. Além disso, o ciclone deve se deslocar a uma maior distância da costa.
O fenômeno pode reduzir a velocidade de deslocamento sobre o mar ao alcançar latitudes do Rio Grande do Sul entre terça e quarta, antes de enfraquecer ao se deslocar por águas mais frias.