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Ciclone que se aproxima do litoral é batizado de 'tempestade Yakecan' pela Marinha; entenda o motivo

Rajadas de vento vão passar dos 100 quilômetros por hora na região do litoral norte entre terça e quarta-feira, informa a MetSul Meteorologia

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Publicado em: 16/05/2022 às 19h:59 Última atualização: 23/06/2024 às 22h:30
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Toda a faixa litorânea e parte do leste do Estado estão em alerta para o ciclone subtropical de trajetória incomum e rara intensidade que atinge o sul gaúcho ao longo desta terça-feira (17). Ele vai avançar para o norte ao longo da noite e da madrugada, até que nesta quarta-feira (18) perde força e retorna para o Atlântico, já na altura de Santa Catarina.

Projeção de vento ajuda a ilustrar a provável trajetória do ciclone junto à costa gaúcha: ingresso será pelo sul nesta terça-feira | abc+



Projeção de vento ajuda a ilustrar a provável trajetória do ciclone junto à costa gaúcha: ingresso será pelo sul nesta terça-feira

Foto: Reprodução/MetSul

A Defesa Civil alerta para o risco de destelhamento e queda de árvores e postes, além de forte agitação marítima. O fornecimento de energia elétrica, água e telecomunicações pode ser afetado, especialmente no litoral. Com previsão de rajadas de vento superiores a 100 quilômetros por hora, o ciclone pode ter força de furacão em alguns pontos, diz a MetSul Meteorologia. O frio se intensifica.

No início da tarde desta segunda-feira (16) o National Weather Service (NWS), que é o serviço de meteorologia dos Estados Unidos, projetou que a costa gaúcha será atingida por um ciclone tropical neste meio de semana. A Marinha do Brasil vai batizar o ciclone como tempestade subtropical Yakecan, o que significa “o som do céu” em tupi-guarani.

O último ciclone nomeado na costa brasileira foi a tempestade subtropical Ubá, em dezembro do ano passado. Segundo Norma da Autoridade Marítima para Meteorologia Marítima (Normam-19), ciclones atípicos (subtropicais e tropicais) que se formam no mar territorial brasileiro devem ser nomeados.

De acordo com a meteorologista Estael Sias, da MetSul, moradores do sul e do leste do Estado deverão enfrentar horas seguidas de vento muito forte. Projeções de computador indicam que entre terça e quarta-feira as rajadas podem chegar a raros 140 quilômetros por hora na região de Mostardas, entre o oceano e a Lagoa dos Patos.

Como fica o tempo no Litoral Norte, Grande Porto Alegre e Vale do Sinos

Para a região de Tramandaí e Imbé a previsão é de rajadas de até 110 quilômetros por hora. Já para Porto Alegre, Canoas e demais cidades da área metropolitana são esperados ventos entre 90 e 100 quilômetros por hora. O Vale do Sinos, por seu relevo mais acidentado, costuma ter vento menos intenso em ciclones.

Estael Sias explica que ciclones intensos, independente de sua natureza – extratropical, subtropical ou tropical – normalmente provocam vento e chuva fortes. “A maior preocupação é com o vento, mas há risco de chuva por vezes forte a torrencial da tarde para a noite de terça e em parte da quarta”, explica. A meteorologista acrescenta que “o fato de o ciclone se deslocar muito rapidamente de sul para norte reduzirá o risco de acumulados mais extremos de precipitação”.

Além da intensidade do ciclone, sua provável trajetória reforça o alerta dos meteorologistas e da Defesa Civil. Seguir de sul a norte sobre a costa ou margeando a costa gaúcha é, segundo Estael Sias, o pior cenário para ocorrência de vento forte. “É o que explica a previsão de rajadas tão intensas”, resume.

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