“Complexo cenário meteorológico”, assim a MetSul Meteorologia define a atuação de duas áreas de baixa pressão atmosférica — sendo que uma delas deve ser um ciclone — que provocará chuvas, ventos e temporais isolados nos próximos dias no Sul do Brasil. O novo episódio de instabilidade deve começar nesta sexta-feira (13), depois de uma breve trégua.
Ainda no começo do dia, as áreas de instabilidade vão ingressar pelo Oeste da região Sul, enquanto nas demais áreas o sol aparece com nuvens e as temperaturas seguem altas. Já no período da tarde para a noite, a chuva atinge grande parte dos territórios do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná.
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O sábado (14) deve iniciar com chuva na maioria das áreas, mas a instabilidade deve avançar para o oceano no decorrer do dia. A previsão é que no Oeste gaúcho o tempo fique firme, mas ainda choverá em vários pontos dos três estados, com instabilidade intercalada com momentos de sol em diferentes locais.
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No domingo (15), o sol vai aparecer com nuvens na maior parte do Sul brasileiro. Da tarde para a noite, contudo, áreas de instabilidade localizadas se formam e trazem chuva isolada.
Com aumento de nuvens e chuva, especialmente no Sul e no Leste do Estado, novas áreas de instabilidade se formam no começo da semana por um sistema que avança do Uruguai. Mas o tempo deve seguir firme em muitas regiões do território gaúcho.
Possibilidade de ciclone
Segundo a MetSul, um centro de baixa pressão vai, inicialmente, avançar do Norte da Argentina e do Sul do Paraguai entre esta sexta e o sábado, de Oeste para Leste, em direção ao Sul do Brasil, fazendo com que o tempo fique chuvoso e com risco de temporais localizados. Na sequência, esta primeira baixa pressão vai dar origem a um ciclone na costa do Sul do Brasil.
No fim de semana, conforme mostram os dados observados pela meteorologista Estael Sias nesta quinta-feira (12), uma baixa secundária se formaria no Uruguai e, no início da semana, se deslocaria para o Rio Grande do Sul, trazendo chuva principalmente para pontos das metades sul e leste do Estado ao mesmo tempo que o ciclone no Atlântico se afasta do continente.
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“Sistemas de baixa segregada, como pode se formar junto ao Uruguai no fim de semana com evolução posterior mais fraca para o território gaúcho, podem provocar instabilidade forte localizada. Aliás, este sistema é conhecido por gerar formações como nuvens funis (em alguns casos evoluindo para tornados fracos) e principalmente trombas em áreas costeiras e de lagoas”, explica.
Até o momento, os sistemas não indicam vento intenso na primeira baixa pressão como deve haver na segunda, mas é possível que o prognóstico ainda mude. “Os mapas mostram que na maior parte do Sul do Brasil não se deve esperar vento forte, todavia em pontos do Sul e do Leste do Rio Grande do Sul assim como do Sul de Santa Catarina podem ocorrer rajadas por vezes fortes.”
“Onde o risco de vento forte nos parece maior é no Uruguai, em áreas costeiras dos departamentos do Sul e do Leste do país. Por isso, o risco de ventar com maior força se estende ainda a áreas do Litoral Sul gaúcho, em particular do extremo Sul, nas áreas do Chuí e de Santa Vitória do Palmar, como na Barra do Chuí e no Hermenegildo”, ressalta a meteorologista.
Chuva forte
Episódios de chuva forte a intensa localizados no Sul do Brasil devem surgir em decorrência das duas áreas ciclônicas (de baixa pressão). Mas os acumulados altos tendem a ser isolados, já que em muitas áreas a chuva deve ter baixos volumes.
Em alguns pontos, o acumulado pode ser superior a 100 milímetros. Uma das regiões onde pode haver chuva volumosa é no Sul gaúcho
O risco de temporais localizados e, inclusive, queda de granizo e vendavais, não está descartando durante o avanço dessa primeira área de baixa pressão, entre sexta e sábado. O maior risco de tempo severo deve acontecer no Paraná.
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