Um Boeing 737-8 da Gol Linhas Aéreas que fazia o voo 1885, de Guarulhos (SP) para Porto Alegre (RS), precisou fazer um pouso de emergência na Base Aérea de Canoas no fim da tarde deste domingo (15). A região está sob impacto do ciclone subtropical Biguá.
Foto: Reprodução/FlightRadar24
A operação transcorreu normalmente, sem qualquer tipo de imprevisto. Os cerca de 160 passageiros a bordo foram levados de ônibus até o Aeroporto Internacional Salgado Filho, na capital.
O voo 1885 decolou do Aeroporto Internacional de Guarulhos às 15h07 e tinha previsão de pousar em Porto Alegre às 16h35. Durante a aproximação o piloto chegou a receber orientações da torre para pousar na capital, o que não foi possível devido ao vento forte.
A comunicação entre a torre e os pilotos foi divulgada pelo canal no YouTube “Camera Aeroporto Porto Alegre Br Amigos”. O registro dá conta que, naquele momento, as rajadas chegavam a 70 quilômetros por hora na região. Pilotos de outros aviões reportaram “tesoura de vento”, o que torna o pouso mais desafiador.
Após uma tentativa de pouso no aeroporto de Porto Alegre, o piloto do voo 1885 fez um sobrevoo sobre Porto Alegre e Viamão. Antes de uma segunda tentativa ele já pediu informações sobre as condições da pista de Canoas.
“A gente está com problema de flap aqui, foi travado, e não temos condições de pousar em Porto Alegre e não temos condições de seguir até Floripa. A gente vai precisar pousar em Canoas mesmo”, avisou o piloto da Gol.
A partir deste reporte o voo 1885 passou a ter prioridade na operação aérea da Grande Porto Alegre, pousando em segurança minutos depois na Base Aérea de Canoas.
Os flaps são superfícies móveis que ficam na parte de trás das asas do avião. Servem para aumentar a sustentação e o arrasto da aeronave. Na decolagem os flaps ajudam o avião a levantar voo e, no pouso, são estendidos para ajudar na desaceleração.
A opção por Canoas se deu pela extensão da pista, neste momento maior que a do aeroporto de Porto Alegre. A área útil da pista da Base Aérea de Canoas é de 2,75 mil metros, enquanto que a da capital é de 1,7 mil.
A partir desta segunda-feira (16) as operações normais serão retomadas no Aeroporto Internacional Salgado Filho e a pista de 3,2 mil metros poderá ser totalmente utilizada. A operação está reduzida devido a obras necessárias após a enchente de maio.
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