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PREVISÃO DO TEMPO

CHUVA PRETA: O que é e como se forma o fenômeno que pode atingir o RS neste fim de semana

Com impactos visíveis, o fenômeno pode deixar uma camada de sujeira nas superfícies de prédios e veículos, por exemplo

Stefany de Jesus Rocha
Publicado em: 31/08/2024 às 16h:29 Última atualização: 31/08/2024 às 16h:29
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A chuva preta que pode atingir o Rio Grande do Sul nesse fim de semana está diretamente relacionada com a fuligem das queimadas na Amazônia e na Bolívia. Com impactos visíveis, o fenômeno pode deixar uma camada de sujeira nas superfícies de prédios e veículos, por exemplo. 

Fumaça das queimadas na Amazônia pode gerar chuva preta sobre o Rio Grande do Sul | abc+



Fumaça das queimadas na Amazônia pode gerar chuva preta sobre o Rio Grande do Sul

Foto: Reprodução/MetSul Meteorologia

Segundo a MetSul Meteorologia, “a relação entre fuligem e chuva preta é um indicador preocupante dos níveis de poluição atmosférica em muitas partes do mundo”. Isso porque essa condição ocorre quando a fuligem e outras partículas contaminantes que estão presentes na atmosfera se misturam com a umidade e caem em forma de chuva.

“Esse tipo de chuva, que não necessariamente se precipita com cor preta, é indicativo de altos níveis de poluição, e geralmente é observada em locais próximos a áreas industriais, queimadas ou onde há intensa queima de combustíveis fósseis”, destaca a MetSul.

Mas como acontece?

Essas partículas vêm pela fumaça que chega ao Estado por meio de uma corrente de jato nas camadas baixas da atmosfera que avança do interior da América do Sul ao leste dos Andes. Esse corredor de vento com densa fumaça transporta o material particulado do Norte ao Sul do Brasil e pelo Uruguai, favorecendo a chuva preta.

O mapa acima, do modelo de dispersão de aerossóis CAMS do Sistema Copernicus, da União Europeia, mostra a situação neste sábado.

LEIA MAIS: CHUVA PRETA: Quais as consequências do fenômeno que pode atingir o RS neste fim de semana

Mesmo com a previsão de precipitações com baixos volumes e irregulares – ocasionadas pelo avanço de uma frente fria pelo território gaúcho associada a um ciclone extratropical no Rio da Prata -, quando essas partículas de fuligem se misturam com a umidade nas nuvens, tendem a agir como núcleos de condensação, formando as gotas de água. Assim, a chuva gerada é contaminada com poluentes que podem afetar corpos d’água, solos e vegetação.

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