TRADICIONALISMO

Cerca de 600 laçadores participam de provas de tiro de laço em festa campeira

Participação de mulheres e crianças nas provas de tiro de laço chama a atenção do público

Publicado em: 27/01/2024 18:45
Última atualização: 27/01/2024 18:47

A paixão pelo tradicionalismo e pela lida campeira reúne milhares de pessoas na 19ª Festa Campeira de Três Coroas, que acontece neste final de semana, no Parque de Rodeios da cidade. As provas de tiro de laço, iniciadas ainda na noite de sexta-feira (26), com competidores acima dos 70 anos, é que conduziram o ritmo do evento, com destaque para a participação de pais e filhos e mulheres de toda região.


Cássia Martinelli e Silvano Cavallin formaram dupla e participaram de prova na tarde deste sábado Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

Conforme a comissão organizadora, cerca de 600 competidores participaram das provas, em duplas ou individualmente. O patrão do CTG Querência do Mundo Novo, Angelo Daniel Schneider, afirma que a expectativa de público no final de semana é de 2.500 pessoas.

No começo da tarde deste sábado (27), aconteceu a etapa de duplas do tiro de laço. A moradora de Gramado, Cássia Martinelli, 20 anos, foi uma das participantes. “Participar de uma festa campeira é muito mais do que laçar. É cultivar amizades e num ambiente que a gente gosta”, afirma. Cássia começou a laçar na adolescência, com 14 anos. “Sempre vivi neste ambiente, então, laçar foi algo que aconteceu naturalmente”, garante. Hoje ela não se vê longe do CTG e das festas campeiras, participando de provas de tiro de laço.

Na prova deste sábado, Cassia fez dupla com o amigo Silvano Cavallin, 53, que participa de provas de laço o mesmo tempo que Cassia tem de vida, ou seja, há 20 anos. “É sempre uma satisfação estar na cancha, laçando, e é um privilégio dividir conhecimento e aprender com cada um que está aqui”, garante. Foi a primeira vez que Cavallin e Cássia formam dupla numa competição. “Aqui tem alguém que laça muito bem, que, no caso, é ela, e alguém que tem um pouquinho de experiência na lida campeira, que no caso sou eu”, descontrai.

O reconhecimento do amigo relativo às habilidades de Cassia foram comprovadas durante a Festa Campeira. No primeiro dia de competições, Cassia dividiu o título em uma prova individual com outros laçadores.

Diego Soares incentiva o filho Bernardo na prova de vaca paradaIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Crianças participam de prova de vaca paradaIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Crianças participam de prova de vaca paradaIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Diego Soares incentiva a filha Maria Clara na prova de vaca paradaIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Provas de tiro de laço reúnem cerca de 600 competidores em Três CoroasIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Provas de tiro de laço reúnem cerca de 600 competidores em Três CoroasIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Cássia Martinelli e Silvano Cavallin formaram dupla e participaram de prova na tarde deste sábadoIsaías Rheinheimer/GES-Especial
Provas de tiro de laço reúnem cerca de 600 competidores em Três CoroasIsaías Rheinheimer/GES-Especial

Aprendendo desde cedo

Enquanto do lado de fora, as provas eram para valer, inclusive, com a distribuição de R$ 40 mil em prêmios, dentro do galpão do Querência do Mundo Novo, mais de 30 crianças, com idades entre 4 e 10 anos, estavam reunidas para participar da prova de vaca parada. Sob o olhar atento dos pais, a criançada dá os primeiros passos no mundo do laço. Entre os participantes estavam os irmãos Bernardo Soares, 6, e Maria Clara de Brito Soares, 7, que moram com a família em Canela.


Diego Soares com os filhos Bernardo Soares, 6, e Maria Clara de Brito Soares, 7 Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

O pai da dupla, Diego Soares, 33, conta que nunca forçou os filhos a participarem das provas, mas garante que desde que nasceram, os dois vivem no meio campeiro. “Tem seis meses que eles começaram a se interessar pelo tiro de laço e passaram a participar de provas. Depois que o Bernardo participou pela primeira vez, quer ir todo final de semana laçar. Já foi campeão em competições em Canela, em Capivari, em Maquiné, e em algumas outras cidades”, afirma.

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