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DESTRUIÇÃO

CATÁSTROFE NO RS: Tempestades no Estado já causam prejuízos de mais de R$ 270 milhões

Estimativa da Confederação Nacional dos Municípios é preliminar, mas dá dimensão dos estragos

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Publicado em: 03/05/2024 às 15h:46 Última atualização: 03/05/2024 às 15h:54
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As tempestades já causaram prejuízos financeiros de mais de R$ 275,3 milhões no Rio Grande do Sul, além de mortes, desaparecidos, desalojados e desabrigados. A estimativa é da Confederação Nacional de Municípios (CNM).

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Mais de 200 cidades gaúchas já foram atingidas | abc+



Mais de 200 cidades gaúchas já foram atingidas

Foto: Prefeitura de Montenegro

A entidade que representa prefeituras brasileiras calcula que o fenômeno já causou perdas de R$ 59,9 milhões no setor público e de R$ 99,8 milhões no setor privado. Só na parte habitacional, os prejuízos superam R$ 115,6 milhões, com 10.193 casas danificadas e/ou destruídas.

Até esta sexta-feira (3), as chuvas intensas causaram danos em 235 municípios gaúchos, e 86 deles já formalizaram decretos de Situação de Emergência junto a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (Sedec).

De 29 de abril até agora, as perdas na agricultura somaram R$ 71,4 milhões. Os demais setores afetados foram: indústria, com prejuízos de R$ 11,2 milhões; pecuária, com perda de R$ 9,3 milhões; e comércios locais, com impacto de R$ 5,3 milhões.

O levantamento da CNM também aponta prejuízos superiores a R$ 2,6 milhões de outros serviços. Considerada como pior desastre da história do Estado, a tempestade derrubou pontes, destruiu calçamentos e deixou 19 barragens em estado de atenção.

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, lamenta o que se tem visto no Estado. “Infelizmente, a situação se repete a menos de um ano, pois não podemos nos esquecer que em setembro de 2023 os municípios gaúchos foram afetados por ciclone extratropical. É incalculável o valor das vidas perdidas, e os prefeitos são obrigados a lidar, novamente, com os prejuízos e com o socorro à população”, disse.

Ziulkoski voltou a reclamar da falta de recursos para prevenção. “Não há apoio para prevenção nem investimentos, e os municípios estão praticamente sozinhos, na ponta”, destaca.

De acordo com o levantamento da CNM, entre 2013 e 2023, mais de 6.322 decretações de anormalidades foram decretadas, no Brasil, e prejuízos de mais de R$ 105,4 bilhões.

Setores mais afetados

– Infraestrutura – pontes, estradas, calçamento, sistemas de drenagens urbanas etc: prejuízos de R$ 29,5 milhões;
– Sistema de esgotamento sanitário: prejuízos de R$ 7,5 milhões;
– Assistência médica emergencial: prejuízos de R$ 6,7 milhões;
– Abastecimento de água: prejuízos de R$ 2,1 milhão;
– Limpeza Urbana e remoção de escombros: prejuízos de R$ 2,1 milhões;
– Sistema de ensino: prejuízo de R$ 1,5 milhão;
– Sistema de transporte: prejuízo de R$ 1,4 milhão; 
– Geração e distribuição de energia elétrica: prejuízo de R$ 1,4 milhão.

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