Mesmo sem chuva durante parte da madrugada, a elevação do Rio Paranhana seguiu de forma constante neste domingo (12). Em razão disso, os municípios iniciaram um processo de evacuação das áreas mais afetadas ou com maior risco de inundação. A chuva retornou à região nesta manhã.
Igrejinha
Igrejinha é uma das cidades com situação mais crítica, com diversos pontos de alagamento. Como medida preventiva, os bombeiros começaram a retirar pessoas das ruas próximas ao Paranhana. Entre elas estão as ruas Rui Barbosa, Independência, Tristão Monteiro, Belmiro Wallaure, além da Morada Verde.
Três abrigos foram colocados à disposição da população. São eles: Barracão Católico do Centro; Associação do Morada Verde e Escola Anita. No início da tarde deste domingo, a cidade começou a sofrer com sinais de telefonia e internet intermitentes. Os telefones 193, dos Bombeiros, e 190, Brigada Militar, estão inoperantes.
Sem medição
Segundo o governo municipal, a medição do Rio Paranhana em Igrejinha não está sendo feita porque o equipamento que fazia a medição foi danificado ainda no dia 1° de maio. Assim, as autoridades não têm uma medição exata do nível do rio.
Três Coroas
A cidade de Três Coroas acionou o alerta para o risco de desabamentos na cidade. Em vídeo divulgado na tarde deste domingo (12) na página do Facebook da prefeitura, o coordenador da Defesa Civil da cidade, Augusto Dreher, pediu que as pessoas em áreas de risco deixem imediatamente suas casas.
“Todos os loteamentos que temos no município, que é de alto relevo em área de alto risco, estão com alguma fissura”, afirmou Dreher. De acordo com ele, apesar das chuvas persistentes, a perspectiva é que elas não cheguem ao mesmo volume da semana passada.
Como a Barragem das Laranjeiras começou a verter água, a retomada do nível do Rio Paranhana para patamares normais. Essas condições devem manter o rio em altos níveis, atrasando ainda mais a volta para casa dos moradores.
A grande preocupação mesmo é em relação aos morros. “Estamos com todas as nossas encostas comprometidas”, reforçou Dreher no vídeo. Em tom de quase súplica, Dreher pede por diversas vezes que as pessoas deixem suas casas o mais rápido possível. “A gente precisa que vocês entendam, que se a gente pede para sair é porque estamos avaliando, nós não podemos admitir que vamos perder vidas por falta de comunicação.”
Parobé
Em Parobé, cerca de 80 pessoas deixaram suas casas até o fim da manhã deste domingo e voltaram para o abrigo da escola Noemy Fay dos Santos, no bairro Nova Guarujá. A medida foi tomada de maneira preventiva, mesmo antes de água chegar às residências.
Os bairros atingidos são Solar, XV, Paraíso e Mariana. Em vídeo, o prefeito da cidade Diego Picucha reforçou o pedido para que as pessoas deixem suas casas, pois o rio segue em elevação.
Taquara
Já em Taquara, já chega a 45 o número de pessoas em abrigos. A cidade sofre com a subida de dois rios, o Paranhana, que atingiu o bairro Santa Maria, e o Somos, que começa a chegar ao bairro Empresa. Também já há pontos de alagamentos no interior da cidade, mas estradas de Padilha e Rio das Ilhas.
A orientação é para que as pessoas levem consigo roupas, documentos, medicamentos de uso contínuo.
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