REGIÃO SUL

CATÁSTROFE RS: Mais de mil pessoas estão fora de casa em Pelotas e Rio Grande

Moradores foram retirados de casa por alagamento e precaução, cidades podem ser alagadas nas próximas horas

Publicado em: 11/05/2024 18:57
Última atualização: 11/05/2024 22:41

O aumento no nível da Lagoa dos Patos deixa em alerta as autoridades de Rio Grande e Pelotas. Já são 1.075 pessoas fora de casa nas duas maiores cidades da região Sul do Estado.


Água descendo do Guaíba e entrando na Lagoa dos Patos Foto: Reprodução

Em Rio Grande 407 pessoas foram retiradas de áreas já alagadas. Ao meio-dia, ao nível da Lagoa dos Patos na cidade estava em 2,06 metros, 1,26 metro acima do nível normal. Já há abrigos em funionamento na cidade. Os telefones de emergência são (53) 99968-3244 (Whatsapp), 3233-8460 ou 3233-8461.

Já na vizinha Pelotas, 668 pessoas estão em abrigos, mas a maior parte são de áreas ainda não alagadas, mas ações de prevenção. Contudo, o governo municipal relata que há pessoas que não quiseram sair de casa.

A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) prevê que o momento mais crítico deve acontecer na próxima semana, entre segunda-feira (13) e quarta-feira (15), a expectativa é que um terço da cidade fique embaixo da água.Para minimizar o problema, as autoridades pelotenses estão reforçando o dique São Gonçalo de forma emergencial.

Na medição mais recente (17h30) divulgada pela Prefeitura de Pelotas, a medição feita no Canala São Gonçalo, apontava 2,74 metros. Já o nível da Lagoa dos Patos apresenta dificuldade para medição. Devido ao transbordamento no Laranjal, a água se espalhou e levou a uma falsa impressão de diminuição do nível das águas pela régua.

Conforme a prefeita Paula Mascarenhas, depois de novas reavaliações com profissionais do Sanep, que consideraram as áreas mais vulneráveis do sistema de drenagem para riscos de alagamentos, a região entre a Rodoviária de Pelotas e vila Farroupilha, por precaução, passam da indicação de alerta para zona de risco, exigindo a remoção preventiva da população.

“Fizemos essa atualização para que aquela comunidade possa se preparar, se precaver, tomar os cuidados, levantando móveis com certo tempo, sem ter que fazer isso correndo, e, se possível e de preferência, deixar esses locais, indo para lugares mais altos, secos, casas de parentes, amigos ou nossos abrigos”, enfatizou a prefeita.

De acordo com as novas avaliações, esses alagamentos podem ocorrer devido a alguns fatores, como o alto nível do canal São Gonçalo, que tem se mantido estável, porém alto, entre 2,70 metros e 2,74 metros, dificultando o escoamento dos canais da cidade. Outro fator considerado foi a barragem Santa Bárbara, que está recebendo contribuição de outros canais menores e tem se elevado também, o que faz com que o canal Santa Bárbara, que dá vazão à Barragem, e a Farroupilha, também esteja elevado, além das chuvas que caem sobre o solo já molhado e da condição dos ventos. Por tudo isso, a mais nova orientação alterou a classificação da Farroupilha.

Em PelotaS, a orientação para quem precisar se deslocar para algum dos abrigos municipais é ligar para Bombeiros (193), Guarda Municipal (153) ou Brigada Militar (190).

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