SOLIDARIEDADE

CATÁSTROFE NO RS: Voluntários tentam reerguer cidade que ficou 100% submersa durante tragédia

Trânsito é uma das dificuldades para entrar e sair de Eldorado do Sul; ajuda vem de cidades vizinhas

Publicado em: 25/05/2024 16:58
Última atualização: 25/05/2024 17:31

A cidade de Eldorado do Sul, que ficou totalmente submersa com as cheias no Rio Grande do Sul, ainda tenta se reerguer. Mutirões seguem sendo organizados no município e contam com o apoio de pessoas que não foram afetadas diretamente pela catástrofe.


Eldorado do Sul neste sábado (25) Foto: Vinicius Zanon Martins

Neste sábado (25), grupos de diversas cidades foram até Eldorado do Sul, na região metropolitana, para seguir no recolhimento de entulhos, limpeza das casas, igrejas e empresas, além da triagem e entrega de doações para os desabrigados.

Um dos pontos de entrega de donativos é na Estrada da Roseira, em frente ao Centro Municipal de Atendimento Educacional Integrado.

"Na tarde deste sábado (25), a fila tem mais de 250 pessoas. São entregues donativos como material de higiene, roupas de frio, cestas básicas. Cada um chega no local e sai com seu kit. Há uma movimentação bastante intensa na cidade. Eldorado do Sul está muito devastada, há muitos pontos com água na cidade, locais que nem conseguimos acessar. A população segue sofrendo muito", conta o analista de sistemas Vinicius Zanon Martins, 41 anos, que saiu de Porto Alegre para participar da corrente solidária.

Conforme o morador de Porto Alegre, cestas básicas, roupas de cama (especialmente cobertores) e móveis básicos como cama, colchões, mesa e cadeiras, são necessidades prioritárias na comunidade de Eldorado do Sul.

Há pontos sem água nas ruas, mas o cheiro forte é algo característico na cidade. "Tem um cheiro muito forte de esgoto, os voluntários usam camisas e lenços no nariz", comenta Vinicius.

Trânsito


Famílias acampadas na BR-116 Foto: Vinicius Zanon Martins

De acordo com Martins, ele se encontraria com outras pessoas, mas houve um desencontro devido ao trânsito intenso na saída da capital, que ainda conta com bloqueios. "A maior dificuldade de quem sai de Porto Alegre é o trânsito. Eu levei 1h10 para sair da Cidade Baixa e chegar até a ponte do Guaíba passando pelo corredor humanitário", relata.

O analista de sistemas conta também que na BR-116, cerca de cinco quilômetros antes de chegar na Ponte do Guaíba, sentido interior-capital, o trânsito está liberado, mas em meia pista, o que ocasiona lentidão na tarde deste sábado (25).

"Há sinalização com cones e apenas uma pista com tráfego liberado. Há muitas pessoas acampadas neste ponto. É desolador o que acontece no nosso Estado", diz Vinicius.

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