Enquanto ainda há áreas alagadas no bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, no bairro Canudos a maioria dos moradores que tiveram suas casas atingidas pela enchente histórica, com marca de 9,73 metros, já trabalham na limpeza.
O cenário que se repete por toda essa região da cidade são de pilhas e pilhas de entulhos com móveis estragados. Na Vila Esmeralda, as pessoas têm conseguido salvar poucas coisas, já que em algumas ruas a água alcançou a altura dos telhados.
Daiane Fátima da Silva, 35 anos, mora no começo da Rua Ícaro, e na manhã desta quinta-feira (9) mobilizou a família para dar início à faxina. Com as mãos machucadas por carregar os móveis estragados, ela relata a dificuldade de conseguir equipamentos de proteção individual, como luvas e botas de borracha.
“A gente está com medo de ter alguma coisa porque está tudo muito sujo e as mãos estão com cortes”, disse. Além disso, Daiane diz que não conseguiram ainda fazer o cadastro junto à Prefeitura e enfrentam dificuldade para conseguir produtos de limpeza.
Próximo à Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Chapeuzinho Vermelho, que permanece fechada, o mecânico Rodrigo da Silva dos Santos, 43, ajuda a mãe Maria de Lourdes dos Santos, 64, na limpeza do imóvel onde reside 40 anos.
Desta vez, a enchente foi de 1,5 metro, sendo que no passado a água ao máximo alcançava o pátio. Ele mora no bairro Santos Dumont, em São Leopoldo, onde tem uma oficina de moto. “Tinha oito motos de clientes lá dentro”, lamenta.
Na mesma rua, o casal Édio Endres, 63, e Maria Regina da Silva, 55, contam com a mão de obra de amigos para tirar o lodo de dentro da casa e limpar o que sobrou. No imóvel, a água chegou até o forro. “Vamos começar tudo de novo”, resume Endres.
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